Sem ginecologista em Brasília?

Consulta de luxo: Janja usa avião da FAB para ir ao ginecologista

Mesmo alegando “carona”, a primeira-dama usou um avião militar para um compromisso pessoal. Deputados acionaram a PGR e querem explicações sobre possível desvio de finalidade.

Janja
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Enquanto o governo Lula corta gastos em áreas essenciais, como saúde, educação e até mesmo universidades federais, o contribuinte banca voos VIP para quem nem cargo público tem.

Uma carona que sai do seu bolso

Na manhã de 13 de junho, um jato da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou de Brasília rumo a São Paulo com 12 passageiros a bordo. Entre eles estavam o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski, o ministro do STF Alexandre de Moraes — e Rosângela Lula da Silva, a Janja, que desembarcou no Aeroporto de Congonhas para uma consulta ginecológica.

Segundo a assessoria da primeira-dama, não houve “custo adicional” porque a aeronave já havia sido requisitada por Lewandowski. Mesmo assim, cada hora de voo de um jato semelhante pode custar mais de R$ 12 mil em manutenção, combustível e tripulação — e essa conta é paga por quem declara imposto de renda em dia.

O que diz a lei — e o que diz o bom-senso

O uso de aviões da FAB está balizado pelo Decreto 10.267/2020, que autoriza voos para presidentes, vice-presidentes, ministros e outras autoridades por motivo de segurança ou agenda oficial. O texto até permite ocupar assentos ociosos, mas não menciona a primeira-dama nem autoriza deslocamentos estritamente pessoais. Para o deputado Kim Kataguiri (União-SP), que já acionou a Procuradoria-Geral da República, a “carona VIP” configura desvio de finalidade e fere os princípios da moralidade administrativa.

Reação no Congresso: “privilegiômetro” no limite

A polêmica uniu parlamentares de oposição e até governistas desconfortáveis com o episódio. Pedidos de informação foram enviados ao Ministério da Defesa para detalhar passageiros, rotas e custos do voo. Os críticos lembram que, dias antes, o governo alegou falta de recursos para ampliar programas sociais, mas parece não economizar quando se trata de conforto de aliados do Planalto.

“O brasileiro está pagando caro para sustentar um padrão de luxo e conveniência”, resumiu Kataguiri.

O Palácio do Planalto argumenta que voos compartilhados seriam “prática comum” e que Janja não exerce função pública remunerada. Ainda assim, a própria Comissão de Ética Pública adverte que autoridades devem evitar misturar interesses privados com recursos do Estado.

No momento em que a inflação aperta o bolso dos brasileiros e passagens aéreas ficam até 30 % mais caras com a alta do IOF pelo Governo Lula, ver a primeira-dama voando sem pagar um centavo soa como deboche — e mina a bandeira de austeridade que o presidente insiste em empunhar.

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Fernando Américo
Fernando Américo

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.