Práticas discriminatórias

Contra cultura "WOKE", Trump abre investigação em 50 universidades nos EUA

Departamento de Educação apura mais de 50 instituições por suposta discriminação contra brancos e asiáticos.

Contra cultura "WOKE", Trump abre investigação em 50 universidades nos EUA
  • Governo investiga universidades por possíveis práticas discriminatórias
  • Trump endurece medidas contra programas de diversidade e inclusão
  • Cortes financeiros ameaçam instituições de elite nos EUA

O Departamento de Educação dos Estados Unidos iniciou uma ampla investigação contra mais de 50 universidades para apurar possíveis práticas discriminatórias contra estudantes brancos e asiático-americanos.

A iniciativa faz parte da estratégia do governo Trump de combater programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) nas instituições de ensino superior.

Pressão sobre universidades e cortes financeiros

A medida foi anunciada em um momento de crescente pressão sobre universidades de elite, que enfrentam ameaças de cortes milionários em repasses federais.

O governo argumenta que algumas dessas instituições promovem agendas “woke” e não tomam medidas adequadas contra manifestações antissemitas em seus campi.

A secretária de Educação, Linda McMahon, enfatizou a necessidade de avaliar os estudantes com base no mérito e realização acadêmica.

“Não cederemos neste compromisso”, declarou.

Entre os alvos da investigação, está um grupo de 45 instituições ligadas ao PhD Project, que incentiva alunos de grupos sub-representados a ingressar na área de negócios. Instituições como Yale, MIT e Ohio State estão sob escrutínio do Departamento de Educação.

Repercussão e impacto acadêmico

A repressão contra programas de diversidade já provocou reações no meio acadêmico. Universidades como Harvard e Penn State anunciaram congelamentos temporários na contratação de professores. Outras instituições, como o Instituto de Tecnologia da Califórnia (CalTech), reduziram vagas de pós-doutorado.

Além disso, Cornell e Columbia, que registraram protestos pró-Palestina no ano passado, agora enfrentam ameaças de suspensão de financiamentos.

Especialistas alertam para um impacto de longo prazo na produção científica americana. Os cortes financeiros, combinados às demissões em massa na administração pública promovidas por Trump, podem reduzir significativamente o avanço de pesquisas acadêmicas.

Ultimato do governo a Columbia

A Universidade Columbia recebeu um ultimato do governo para adotar mudanças drásticas em seus processos disciplinares, estrutura acadêmica e segurança no campus.

A Administração de Serviços Gerais, o Departamento de Educação e o Departamento de Saúde e Serviços Humanos exigem que Columbia apresente medidas concretas até a próxima semana para evitar o corte de US$ 400 milhões em contratos com o governo federal.

Entre as exigências, estão:

  • Expulsão ou suspensão de alunos envolvidos em protestos.
  • Proibição do uso de máscaras para ocultar identidade dentro do campus.
  • Ampliação do uso de força policial para conter manifestações.
  • Revisão do programa de Estudos sobre Oriente Médio e África, com nomeação de um coordenador externo por cinco anos.

Jameel Jaffer, diretor do Knight First Amendment Institute de Columbia, descreveu a exigência como uma ameaça direta à liberdade acadêmica, afirmando que o governo quer “destruir Columbia”.

No mesmo dia em que recebeu a notificação, a universidade anunciou sanções severas contra alunos envolvidos em protestos, incluindo suspensões de vários anos e expulsões.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ