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Copom anuncia terceiro corte seguido na Taxa Selic, que chega a 12,25%

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O Banco Central do Brasil anuncia mais um corte na taxa Selic, a taxa de juros básicos da economia, que agora fica em 12,25% ao ano. Este é o terceiro corte seguido de 0,50 ponto percentual, seguindo o esperado pelo mercado. A decisão visa estimular a economia e controlar a inflação.


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil anunciou sua decisão de reduzir a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, levando-a a 12,25% ao ano. Este é o terceiro corte consecutivo de 0,50 ponto percentual na taxa de juros básicos da economia, mantendo o ritmo esperado pelo mercado.

A decisão unânime entre os membros do Copom estava alinhada com as expectativas dos analistas, que já previam uma redução dos juros para 11,75%. A continuidade do ciclo de cortes de juros reflete a busca por estimular a economia e controlar a inflação, com o Copom adotando uma abordagem gradual para a redução da taxa Selic.

De acordo com o comunicado do Copom, a decisão de corte na taxa de juros é compatível com a estratégia de convergência da inflação para a meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2024 e 2025. A política monetária contracionista continua sendo necessária para o processo de desinflação, e o Copom destaca a importância de manter a firme persecução das metas fiscais para ancorar as expectativas de inflação.

A conjuntura atual, tanto no cenário internacional quanto no doméstico, apresenta desafios. O ambiente externo mostra-se adverso, com o aumento das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos, resiliência das pressões inflacionárias globais e tensões geopolíticas. Os bancos centrais das principais economias estão empenhados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, e o Copom ressalta a necessidade de cautela por parte dos países emergentes.

No cenário doméstico, os indicadores de atividade econômica continuam consistentes com a desaceleração prevista pelo Copom nos próximos trimestres. A inflação ao consumidor manteve uma trajetória de desinflação, mas ainda permanece acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta de inflação. As projeções para a inflação em 2023, 2024 e 2025 situam-se em torno de 4,6%, 3,9% e 3,5%, respectivamente.

As projeções de inflação do Copom em seu cenário de referência indicam valores de 4,7% para 2023, 3,6% para 2024 e 3,2% para 2025. Já as projeções para a inflação de preços administrados apontam para 9,3% em 2023, 5,0% em 2024 e 3,6% em 2025.

O balanço de riscos continua simétrico, com fatores de risco tanto para alta quanto para baixa no cenário inflacionário. Entre os riscos de alta, destacam-se a persistência das pressões inflacionárias globais e a resiliência na inflação de serviços. Entre os riscos de baixa, estão a desaceleração mais acentuada da atividade econômica global e os impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global.

O Copom enfatiza que a conjuntura, especialmente devido ao cenário internacional, é mais incerta do que o usual e exige cautela na condução da política monetária. A decisão de reduzir a taxa Selic em 0,50 ponto percentual é vista como apropriada para o momento e, caso o cenário esperado se confirme, os membros do Copom preveem reduções de mesma magnitude nas próximas reuniões.

A decisão do Copom visa suavizar as flutuações da atividade econômica e promover o pleno emprego, ao mesmo tempo em que mantém o foco na estabilidade de preços. A busca por um processo de desinflação mais lento e a necessidade de ancorar as expectativas de inflação são os pilares da política monetária brasileira neste cenário desafiador.