A participação de criptoativos nas Bolsas de Valores é uma tendência real. Diversos países, como o Canadá e Índia, já tem sinalizado que a economia digital será uma realidade em poucos anos.
O Brasil, apesar de já sinalizar que também caminha nesse sentido, ainda depende que passos importantes sejam dados, como a regulamentação do setor e o aprimoramento dos processos de auditoria independente, alerta o Ibracon — Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.
“É preciso que haja uma forma de regulamentação ampla e bem embasada, uma vez que os critptoativos envolvem muitas questões e complexidades”, explica Marcio Santos, coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Tecnologia do Ibracon.
“O Banco Central já vem trabalhado nisso, mas é preciso entender como o ‘produto’ funciona, como ele será abordado etc”, completa.
Um dos passos para que isso aconteça é o aprimoramento do sistema de auditoria independente realizado pelos auditores independentes.
Tradicionalmente, todos os fundos e investimentos que circulam pela B3 precisam ser validados pelas firmas de auditoria, que asseguram as informações constantes nos balanços financeiros emitidos.
“O papel do auditor independente não vai mudar, ele continuará desempenhando suas atividades normalmente e vai auditar as criptomoedas”, contextualiza Marcio Santos.
“O que vai mudar é a forma como esse trabalho será realizado, pois haverá uma necessidade de aprimorarmos os processos e incrementarmos as tecnologias, como, por exemplo, o uso mais intensivo de blockchain, que será muito importante para levantarmos e assegurarmos as informações financeiras”, completa.