Estado foi o que mais registrou captações líquidas no segundo semestre do ano passado, mas cenário atual no RS pode afetar volume nacional de investimentos.
O Rio Grande do Sul, que foi o grande destaque em captação líquida no mercado de fundos ao final de 2023, de acordo com o Mapa dos Fundos no Brasil, elaborado pela Nelogica/Comdinheiro, poderá impactar negativamente o setor neste ano devida a crise vivida pelo Estado após as enxurradas registradas entre o final de abril e neste mês de maio. No ano passado, o Estado ampliou as captações de R$ 7,9 bilhões para R$13,7 bilhões entre o primeiro e o segundo semestre.
Os valores de captação líquida ficaram acima, inclusive, de São Paulo e Rio de Janeiro, que concentravam no final de 2023 aproximadamente 25 mil fundos, o equivalente a 96,06% dos fundos existentes do Brasil. Para efeitos de comparação, o Rio Grande do Sul, terceiro colocado, detinham em dezembro de 2023 pouco mais de 330 fundos, o equivalente a 1,38% do total nacional (3.244)., mas registrou a maior captação semestral em todo o País.
“Além de ser uma das mais importantes economias do Brasil, o Rio Grande do Sul tem uma presença estadual de destaque na gestão de fundos, especialmente por meio do Banrisul, o que estimula investidores a fazer aportes neste mercado. Com o cenário local atual de crise, isso elevará os reflexos nacionalmente para o segmento”, analisa Filipe Ferreira, Diretor de Nelogica para Comdinheiro.
Ao todo, o Rio Grande do Sul contava, no final de 2023, com 189.311 cotistas, representado 3,39% do montante brasileiro. Abaixo, veja os principais dados do mercado em gráficos e tabelas, ao final de dezembro do ano passado.