Remuneração para acionistas

CSN Mineração (CMIN3) vai pagar R$ 1,3 bilhão em proventos para investidores — veja como ter direito

Mesmo com prejuízo de R$ 357 milhões no primeiro trimestre, companhia surpreende acionistas com generosa distribuição de dividendos e JCP

CSN Mineracao 2
CSN Mineracao 2

Se você é investidor da CSN Mineração (CMIN3) — ou está pensando em se tornar um —, esta é a hora de prestar atenção no calendário: a companhia acaba de anunciar uma distribuição de R$ 1,3 bilhão em proventos, e você ainda pode garantir sua parte nesse montante. 

A decisão foi aprovada pelo conselho de administração na última quinta-feira (8) e se refere ao balanço financeiro da companhia no 1° trimestre de 2025.

Veja como ter direito a receber:

Para ter acesso aos dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), é preciso estar posicionado nas ações da CMIN3 até o dia 12 de maio de 2025. Ou seja, quem comprar ou manter as ações até essa data terá direito aos proventos. 

Assim, a partir do dia 13 de maio, os papéis passam a ser negociados ex-dividendos, e novos compradores não terão mais direito aos valores anunciados.

Entenda o que será pago:

  • Dividendos intermediários:
    • Valor total: R$ 1,09 bilhão
    • Valor por ação: R$ 0,200661094064
  • Juros sobre capital próprio (JCP):
    • Valor total: R$ 210 milhões
    • Valor bruto por ação: R$ 0,0386594768380
    • Valor líquido por ação (após IR): R$ 0,032860555312

O pagamento será realizado até 31 de dezembro de 2025, em data ainda a ser definida pela companhia. 

Portanto, mesmo que você venda suas ações após o dia 12 de maio, ainda terá direito ao recebimento, desde que as tenha em carteira até a data de corte.

CSN Mineração: lucro caiu, mas proventos vieram

Curiosamente, a distribuição robusta de proventos ocorre em um momento de desafio para a CSN Mineração. No primeiro trimestre de 2025 (1T25), a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 357 milhões, revertendo o lucro de R$ 558 milhões registrado no mesmo período do ano anterior (1T24). 

O principal impacto veio de efeitos não recorrentes e pressões de custos.

Apesar disso, o desempenho operacional foi forte:

  • O Ebitda (lucro antes juros e amortizações) ajustado somou R$ 1,427 bilhão, alta de 27% em relação ao 1T24.

A receita líquida ajustada totalizou R$ 3,41 bilhões, avanço de 21,7% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.