- Avaliada em cerca de US$ 43 bilhões (aproximadamente R$ 234 bilhões), a Databricks rapidamente se consolidou como a favorita no setor de tecnologia de dados
- Dessa forma, desafiando a liderança de gigantes como Microsoft, IBM e Oracle
- A empresa experimentou um crescimento notável de 80% na América Latina no último ano e se tornou uma das ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) mais esperadas da indústria
Avaliada em cerca de US$ 43 bilhões (aproximadamente R$ 234 bilhões), a Databricks rapidamente se consolidou como a favorita no setor de tecnologia de dados. Dessa forma, desafiando a liderança de gigantes como Microsoft, IBM e Oracle. A empresa experimentou um crescimento notável de 80% na América Latina no último ano e se tornou uma das ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) mais esperadas da indústria.
Recentemente, a Databricks realizou um evento em São Paulo que atraiu 1.300 participantes e esgotou os ingressos para suas palestras e demonstrações. Comparado ao evento similar do ano passado, que contou com cerca de 650 participantes, o crescimento é evidente.
O auditório estava repleto de especialistas em dados que acompanharam apresentações de clientes renomados, como Petrobras (PETR3), Volkswagen, Banco do Brasil (BBAS3) e Natura (NTCO3). Apesar de ter iniciado operações no Brasil em 2020 e aberto seu primeiro escritório local apenas em 2023, a empresa conseguiu estabelecer uma forte presença.
Especialistas consultados pelo InfoMoney destacam que a abordagem personalizada e especializada da Databricks, distante do perfil tradicional de “empresa de vendedor”, foi crucial para sua ascensão e sucesso no mercado, tornando-a a “queridinha” do setor.
Conquista dos clientes e mercado
Os fundadores da Databricks são amplamente respeitados na comunidade de computação por terem criado o Apache Spark. Este, portanto, um sistema de código aberto que revoluciona a análise e o processamento de grandes volumes de dados. Com a recente expansão no Brasil, a empresa, contudo, também fortaleceu sua equipe de produtos.
Os softwares da Databricks oferecem soluções robustas para desenvolvedores ao integrar e processar dados estruturados, independentemente de seu tamanho. Esses softwares podem substituir ferramentas avançadas de análise estatística, como o SPSS da IBM (IBMB34) e o SAS. Além disso, eles desempenham um papel crucial na criação de modelos de machine learning (aprendizado de máquina), competindo com as ofertas de gigantes do setor como IBM, Microsoft (MSFT34) e Oracle (ORCL34).
“No nosso caso, fomos substituindo alguns fornecedores ao longo do tempo. Testamos resultados de alguns e substituímos ferramentas e outras plataformas que estavam sendo usadas para criação de modelos de machine learning”, diz Luciano Pinho, diretor de Data & AI no Grupo Casas Bahia, sobre a chegada da Databricks.
Inteligência artificial
A expansão do portfólio da Databricks, especialmente após a aquisição da MosaicAI em julho de 2023, tem atraído novos usuários. A integração de inteligência artificial generativa permite que até usuários sem formação em dados possam gerar perguntas, gráficos e relatórios em linguagem natural, semelhante aos chatbots como o ChatGPT. A empresa também suporta grandes modelos de linguagem (LLMs) concorrentes.
Atualmente, a Databricks conta com 150 funcionários no Brasil, que é uma das 10 regiões prioritárias para a empresa. A companhia registra um crescimento de 80% ao ano na América Latina e dobrou o investimento no país no último ano. Globalmente, a Databricks faturou US$ 2,4 bilhões nos últimos 12 meses, com um crescimento de 60% ano a ano, e foi avaliada em US$ 43 bilhões na sua última rodada de captação em setembro de 2023.
“IA generativa é um conceito relativamente novo que as empresas estão adotando em alta velocidade. Elas estão determinando quem são seus parceiros de negócio”, conta o vice-presidente da Databricks para América Latina, Marcos Grilanda. “E nos posicionamos bem, primeiro, por permitir o uso de diversos LLMs. Em segundo lugar, somos endossados por muitos analistas de negócio”, completa.