Notícias

Demanda de consumidores por crédito cai 1%, diz Boa Vista

imagem padrao gdi
imagem padrao gdi

De acordo com informações do Indicador de Demanda por Crédito do Consumidor da Boa Vista, em setembro de 2022, a demanda de consumidores por crédito caiu em 1%, em comparação com agosto. No entanto, no resultado do terceiro trimestre obteve margem de +0,1%.

No acumulado dos últimos 12 meses, o índice fechou em alta de 6,4%. Na comparação interanual, a demanda por crédito caiu 1,3%. Em 2022, a alta está acumulada em 6,3%.

“O crédito surpreendeu, sobretudo no primeiro semestre, e deve encerrar 2022 com uma taxa de crescimento alta e acima daquilo que se imaginava no começo do ano, mas a tendência de desaceleração está clara.”

Disse Flávio Calife, economista da Boa Vista, em nota.

Além disso, em comparação com agosto, a demanda por crédito não financeiro caiu 0,6%. Na comparação interanual, o segmento contraiu 10,9%. O setor acumula contração de 0,4% em 12 meses e de 1,4% no ano.

O indicador de Demanda do Consumidor por Crédito é elaborado a partir da quantidade de consultas de CPF à base de dados da Boa Vista por empresas.

Bancos elevam projeções de concessão de crédito para 2022

As projeções para o mercado de crédito no Brasil, em 2022 e 2023, tiveram uma melhora expressiva entre setembro e outubro, revela a Pesquisa FEBRABAN de Economia Bancária e Expectativas. Pela sexta vez consecutiva, os bancos elevaram a projeção de alta da carteira de crédito para 2022. Assim, houve a expansão de 11,4% para 13,9%, patamar muito próximo da projeção divulgada recentemente pelo Banco Central, que prevê aumento de 14,2% este ano. Para 2023, a média das projeções para a expansão da carteira total subiu de 6,9% para 8,0%.

A melhora das expectativas pode ser atribuída aos números correntes positivos da economia divulgados até o momento. Além disso, também se deve ao crescimento maior que o esperado da atividade e às medidas de estímulo. Para 2023, o viés é de crescimento da carteira, mas ainda inferior ao verificado este ano. Isso por conta da política monetária mais restritiva e da previsão de menor crescimento do PIB.