A deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) criticou a falta de consulta popular sobre a emissão do Drex, a moeda digital brasileira emitida pelo Banco Central. Em uma live promovida pelo Livecoins, Zanatta argumentou que a população não foi ouvida sobre o tema e anunciou que irá protocolar um pedido de plebiscito para debater a implementação do Drex.
Para a deputada, o Drex deveria ser uma opção, não uma obrigação. Ela expressou preocupações sobre o controle estatal da moeda digital, argumentando que o Banco Central, como controlador do ecossistema, poderia restringir a liberdade das pessoas e impor um controle social excessivo.
“Os riscos são mais controle social nas nossas vidas, falta de privacidade, facilidade para tributar toda a sua vida sem opção, perseguição política e o de pessoas que não sabem manipular a tecnologia, incorrer em erros financeiros graves. O Drex deve ser uma opção para os brasileiros, não uma obrigação”, afirmou Zanatta, listando os potenciais perigos da moeda digital.
Comparação com o Pix e Bitcoin
Ao contrário do Pix, que facilitou as transações financeiras, a deputada acredita que o Drex irá apenas complicar a vida dos brasileiros. Ela defende que o Congresso deveria autorizar a emissão da moeda, em vez de deixar a decisão exclusivamente nas mãos do Banco Central. Atualmente, já existe um projeto de lei na Câmara dos Deputados que prevê a autorização da emissão do Drex pelo BC.
Notícias Relacionadas
Tokenização
Banco Central revela detalhes do Drex: novo sistema financeiro
Roberto Campos Neto apresenta o Drex, projeto de tokenização bancária que permitirá monetização de dados pessoais e transações mais ágeis.
Legado de inovações
PIX, Open Banking e Drex: Campos Neto deixa legado de inovações no BC
Presidente do BC encerra mandato com destaque para a autonomia da autoridade monetária e a implementação do Pix.
Pesquisas em alta
Interesse por criptomoedas dispara 124% no Brasil
Busca por termos relacionados a criptomoedas cresce exponencialmente, com destaque para "blockchain" e "DREX".
De olho no golpe
Piramideiro usa evento do Banco Central para atrair investidores
A plataforma Conta Rico, que promete rendimentos de 3% ao mês, é acusada de operar como pirâmide financeira, atraindo investidores com falsas promessas e a imagem do Drex.
Zanatta também comparou o Drex ao Bitcoin, destacando que a criptomoeda é descentralizada e não pode ser controlada pelo Estado, representando, em sua visão, uma garantia da liberdade dos cidadãos.
“Bitcoin é liberdade, e o Drex uma moeda digital centralizada”, afirmou a deputada, questionando se a moeda digital do Banco Central é o caminho para a modernidade e a liberdade no Brasil.
Dinheiro em Espécie e Esclarecimentos do Banco Central
A deputada defendeu a preservação do dinheiro em espécie, argumentando que nenhuma instituição tem o poder de extingui-lo. Ela pretende alertar a população sobre os riscos do Drex e a importância de manter a opção de usar dinheiro físico.
Em resposta às críticas, o Banco Central afirmou que o Drex não substituirá o dinheiro em espécie e que não há planos para encerrar as operações com dinheiro físico. A instituição reconhece que o uso de dinheiro físico diminuiu desde a implementação do Pix, mas isso não significa sua extinção. O BC também esclareceu que o Drex, assim como o Pix, será facultativo, cabendo ao cidadão decidir se irá utilizá-lo ou não.
