Descoberto envolvimento do PT com fraude do INSS: R$ 5 milhões repassados ao "Careca do INSS" durante Governo Lula

Uma nova revelação sacudiu Brasília: a publicitária Danielle Fonteles, conhecida por atuar em campanhas do PT, recebeu R$ 5 milhões de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, apontado como líder de um esquema de fraudes milionárias contra a Previdência.

Os repasses, segundo relatórios do Coaf, ocorreram entre 2023 e 2025, anos de Governo Lula e período em que a organização criminosa estava em plena atividade. A descoberta aumenta as suspeitas de que a engrenagem fraudulenta tinha vínculos muito além do setor privado.

O rastro do dinheiro

Foram identificadas seis transferências em valores milionários, feitas diretamente pelo empresário investigado para a conta da publicitária. As movimentações ocorreram de novembro de 2023 até março de 2025, poucas semanas antes de uma megaoperação da Polícia Federal desmantelar parte do esquema.

Em sua defesa, Danielle alegou que o dinheiro se tratava de parcelas de uma suposta venda de uma casa de praia em Trancoso (BA). No entanto, a transação não foi concluída e não há comprovação de que o negócio realmente existiu.

O próprio banco responsável pelo acompanhamento da transação classificou os repasses como de alto risco, destacando a ausência de relação comercial ou societária entre remetente e destinatária.

Ligações políticas sob suspeita

A publicitária não é uma desconhecida no meio político. Ela comandou a agência Pepper Comunicação, que já atuou em campanhas presidenciais de Dilma Rousseff e em disputas estaduais do PT, como a de Rui Costa na Bahia.

Fonteles também já foi citada em investigações anteriores, incluindo a Operação Lava Jato, onde teria revelado esquemas de caixa dois ligados a campanhas do partido. Ainda assim, continuou presente em bastidores eleitorais relevantes.

Agora, com os novos dados, o elo entre uma figura ligada ao PT e um empresário acusado de fraudes contra o INSS reacende o debate sobre a forma como campanhas eleitorais são financiadas no Brasil.

O que vem pela frente

O caso deve ganhar corpo dentro da CPMI do INSS, que já recebeu os documentos do Coaf. A tendência é que a publicitária seja chamada a prestar depoimento para explicar a origem e a finalidade dos recursos.

Além disso, o Ministério Público e a Polícia Federal podem pedir quebra de sigilo bancário e fiscal para apurar se houve lavagem de dinheiro ou financiamento irregular de campanha.

Resumo final:

• Publicitária ligada a campanhas do PT recebeu R$ 5 milhões de empresário acusado de fraudar o INSS.
• Repasse foi classificado como suspeito por não haver vínculo comercial entre as partes.
• Caso será analisado pela CPMI do INSS, com possibilidade de quebra de sigilos e novas investigações.