
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou ou criou novos impostos 27 vezes desde o início do seu terceiro mandato, conforme dados oficiais de arrecadação e registros do Ministério da Fazenda.
As medidas atingem desde importações e combustíveis até apostas online e transações financeiras, alterando a dinâmica de diversos setores e pressionando o consumidor.
O ritmo acelerado dos aumentos
Desde janeiro de 2023, o governo vem apostando em novas fontes de arrecadação para compensar a alta dos gastos públicos. Entre as ações, estão o aumento de PIS/Cofins, mudanças nas alíquotas de IOF, alterações na cobrança sobre petróleo e importações, além da revogação de benefícios fiscais de setores estratégicos.
Também houve a reformulação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), que ampliou a vantagem da União em disputas tributárias, facilitando a cobrança de empresas.
Essas decisões ajudaram a elevar a arrecadação federal, mas também criaram um ambiente de maior pressão sobre o setor produtivo, especialmente em um momento de desaceleração econômica.
Déficit recorde de R$ 1 trilhão
Com tantas mudanças, a carga tributária brasileira subiu de forma constante, alcançando 32,3% do PIB em 2024 — o maior nível desde 2014.
Mesmo com a arrecadação recorde, as despesas federais aumentaram em ritmo mais acelerado, puxadas por programas sociais, reajustes no funcionalismo e subsídios.
O resultado foi um déficit nominal próximo de R$ 1 trilhão em 2024, o maior em mais de duas décadas, o que acende o alerta entre economistas sobre a sustentabilidade fiscal do país.
Pressão sobre empresas e consumidores
Empresas dos setores de energia, varejo e serviços têm relatado queda de margens e aumento de custos por conta do novo ambiente tributário.
Para o cidadão comum, os efeitos aparecem no encarecimento de produtos e serviços, já que boa parte dos tributos é repassada ao consumidor final.
O governo, por sua vez, defende que as medidas são necessárias para garantir financiamento de programas sociais e recompor as contas públicas após anos de déficit.
Resumo final:
- Lula promoveu 27 aumentos de impostos ou novas cobranças desde 2023.
- Carga tributária subiu para 32,3% do PIB, o maior patamar em uma década.
- Pressão fiscal recai sobre empresas e consumidores, com justificativa de equilíbrio das contas públicas.