Desfaz o L? Brasil terá a quinta maior fuga de milionários em 2023, aponta consultoria

Relatório revela êxodo de milionários da China, com Brasil em 5º lugar. Austrália deve atrair mais milionários.

O relatório de Migração de Riqueza Privada de 2023 da Henley & Partners revelou que a China deve ver a maior fuga de milionários do mundo neste ano, com 13.500 indivíduos ricos previstos para deixar o país.

Este padrão de migração de riqueza não é novo na China, que vem liderando o êxodo de milionários ao longo da última década. A Índia está prevista para perder 6.500 milionários, enquanto o Reino Unido deverá ver uma fuga de 3.200. O Brasil ocupa o 5º lugar na lista, com previsão de perder 1.200 milionários em 2023.

Desaceleração econômica, legislação tributária e Brexit impulsionam migração de riqueza

O Relatório de Migração de Riqueza Privada de 2023 da Henley & Partners, que acompanha as tendências de migração de riqueza e investimento globalmente, apontou a China como o país que verá a maior fuga de milionários neste ano. A empresa de consultoria estima que cerca de 13.500 pessoas com patrimônio líquido acima de US$ 1 milhão deixarão o país.

De acordo com Andrew Amoils, chefe de pesquisa da New World Wealth, a desaceleração do crescimento geral da riqueza na China nos últimos anos pode tornar as saídas recentes mais prejudiciais do que o usual.

Em seguida, vem a Índia, prevista para perder 6.500 milionários este ano, uma queda líquida de 1.000 em comparação com 2022. O Reino Unido, afetado pelo Brexit, espera uma fuga de 3.200 milionários, o dobro do número registrado no ano passado.

O Brasil aparece em quinto lugar na lista, com a previsão de que 1.200 milionários deixarão o país em 2023. Contudo, o número é menor do que o registrado no ano anterior, quando 1.800 milionários emigraram do Brasil.

No fluxo contrário, a Austrália é vista como o destino mais atrativo, com um saldo líquido positivo de 5,2 mil milionários em 2023.

Esta análise proporciona uma visão importante sobre as tendências de migração de riqueza no mundo e sugere que as políticas econômicas, tributárias e políticas governamentais podem ter um papel significativo na decisão dos milionários sobre onde residir.