A companhia está avaliando direcionamentos para o negócio, com o apoio de assessoria especializada.
Nesta quinta-feira (29), a Dexco anunciou que deixará de atuar no segmento de chuveiros e torneiras elétricas, decisão essa aprovada em reunião do conselho de administração.
A companhia está avaliando direcionamentos para o negócio, com o apoio de assessoria especializada
“A decisão de saída do segmento faz parte do processo de contínua avaliação estratégica do portfólio de negócios da companhia, que busca priorizar segmentos de atuação que apresentem maiores sinergias em seus canais de venda e posicionamento de mercado”, afirmou a Dexco.
De acordo com a Dexco, até que esse processo esteja concluído, as operações de produção, venda e atendimento pós-venda a clientes e consumidores seguirão ativas, inclusive com a manutenção da rede autorizada e peças de reposição.
Lucro líquido recorrente da Dexco (DXCO3) sobe 41,2% no 2T24
A Dexco (DXCO3), no entanto, anunciou seulucro líquido “recorrente”, o qual avançou 41,2% na comparação entre o segundo trimestre de 2024 e o mesmo período do ano passado. Assim, chegando a R$ 126,3 milhões.
O critério “recorrente”, portanto, exclui a variação no valor dos ativos biológicos e outros itens. Estes, considerados “esporádicos”. Sem isso, o lucro teve queda de 40% na mesma base de comparação, no entanto, para R$ 94,5 milhões.
A Dexco, como uma das maiores fabricantes de materiais de construção, informou que chegou a um patamar mais positivo de produção e vendas. Isto, especialmente na Divisão de Metais e Louças Sanitários. Ainda, com melhora no mix de itens. Além disso, a estrutura de custos ficou mais resiliente. Dessa forma, após reestruturações nas operações realizadas ao longo do ano passado.
A expedição, no entanto, subiu em todos os segmentos: Metais e Louças Sanitários (5%), Revestimentos Cerâmicos (3%) e em Painéis de Madeira (13%). A Dexco, portanto, ressaltou ainda que, no segundo trimestre, não foram realizadas vendas relevantes de ativos florestais. Dessa forma, ao contrário do que vinha acontecendo nos períodos anteriores.
O Ebitda e receita líquida
Com base nos dados da fabricante, o Ebitda ajustado e recorrente avançou 7,7%, indo a R$ 376,5 milhões. A margem Ebitda, por sua vez, subiu 1,0 pp, para 18,9%. Sem isso, o Ebitda teve baixa de 3,6%, para R$ 635 milhões. A margem Ebitda, contando assim, encolheu 1,9 ponto porcentual, para 31,8%.
A receita consolidada do grupo cresceu 2,1%, totalizando R$ 1,995 bilhão. Segundo a companhia, houve mais vendas de produtos nobres da Divisão de Metais e Louças. Isto, bem como resultados mais consistentes na Divisão de Painéis de Madeira.
A LD Celulose, empresa investida, teve prejuízo de R$ 21,4 milhões.
O custo dos produtos vendidos (líquidos de depreciação, amortização e exaustão) da Dexco ficou praticamente estável. De forma que, mostrou baixa de apenas 0,1%, indo a R$ 1,26 bilhão. Segundo a companhia, isso decorreu da melhora no cenário de custos. E, ainda, de medidas de ganho de eficiência nas operações.
As despesas com vendas tiveram alta de 6,7%, para R$ 298,7 milhões, isto por conta de maiores volumes vendidos. Além da revisão das tarifas de frete e investimentos em marketing.
Já as despesas gerais e administrativas caíram 23%, para R$ 72,7 milhões, graças a medida de “otimização de recursos”, segundo escrito pela companhia.
Resultados financeiros
O resultado financeiro, em suma, gerou uma despesa de R$ 154 milhões. Assim, 17,6% menor na mesma base de comparação anual. A companhia, contudo, reportou melhora no rendimento de aplicações. Visto que, houve uma elevação da posição em caixa.
A Dexco, no entanto, também registrou fluxo de caixa positivo de R$ 36,2 milhões. Isto, como reflexo da gestão de capital de giro.
A dívida líquida foi a R$ 5,2 bilhões, alta de 14,5% em um ano, com alavancagem de 3,46 vezes, ante 3,08 vezes à um ano anterior.