Endividamento

Dívida Pública Federal atinge R$7,204 trilhões em novembro, com aumento de 1,85%

Dívida Pública Federal atinge R$ 7,2 trilhões em novembro, com aumento de 1,85% e maior exposição à Selic.

Dívida Pública Federal atinge R$7,204 trilhões em novembro, com aumento de 1,85%

A Dívida Pública Federal (DPF) registrou em novembro de 2024 um aumento de 1,85%, totalizando R$ 7,204 trilhões. O crescimento foi impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo o impacto de R$ 74,79 bilhões em juros e uma emissão líquida de R$ 56,38 bilhões, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional.

O levantamento do Tesouro revelou que a Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi) cresceu 1,71%, atingindo R$ 6,863 trilhões, enquanto a Dívida Pública Federal Externa (DPFE) subiu 4,78%, alcançando R$ 340,76 bilhões.

Mudanças na composição da dívida

A composição da dívida pública também apresentou mudanças significativas. A parcela prefixada caiu para 22,14%, enquanto a parcela corrigida pela inflação foi reduzida para 27,01%. Por outro lado, a parcela atrelada à Selic registrou um aumento expressivo, passando para 46,13%. Isso reflete uma maior exposição da dívida às flutuações das taxas de juros, com a Selic permanecendo em níveis elevados. Já a parcela vinculada ao câmbio subiu para 4,72%.

Participação dos investidores estrangeiros cresce

Outro ponto de destaque foi o aumento da participação dos investidores estrangeiros na DPMFi, que passou de 10,96% para 11,25%. Este movimento sinaliza um interesse crescente no mercado de dívida pública brasileira, possivelmente impulsionado pela atratividade das taxas de juros internas.

O prazo médio da dívida pública teve uma redução significativa, passando de 4,21 anos para 4,12 anos, o que indica uma menor duração das obrigações. A parcela da DPF a vencer nos próximos 12 meses caiu para 17,91%, o que também reduz a pressão para refinanciamentos de curto prazo. No entanto, o custo médio da dívida subiu para 11,53% ao ano, refletindo os juros elevados do país.

Além disso, a reserva de liquidez do governo, crucial para garantir o cumprimento das obrigações financeiras, teve um aumento de 4,09%, alcançando R$ 856,10 bilhões.

O panorama da dívida pública brasileira segue sendo monitorado de perto por analistas, já que a exposição a juros elevados e a mudança na composição da dívida indicam desafios no médio prazo.