O dólar comercial iniciou a última sessão do ano em alta, atingindo R$6,23 por volta das 13h30, marcando um incremento de 0,65%. Na sexta-feira (27), a moeda havia fechado em R$6,1932. A movimentação no mercado financeiro, porém, foi mais restrita devido à redução das operações nesta data, que é o último dia de negociações das ações brasileiras no mercado nacional antes da véspera de Ano Novo, quando não haverá operações.
A crise envolvendo as emendas parlamentares, após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter liberado parte da execução desses recursos, continua impactando os negócios, segundo especialistas. Para Douglas Ferreira, diretor da mesa de câmbio da Planner Investimentos, “não há muito fluxo, e a tendência é de baixa liquidez”, com o dólar seguindo sua trajetória de instabilidade nos próximos dias. Ferreira destaca ainda a falta de conexão entre os Poderes, que gera um “certo barulho no mercado”, afetando principalmente a confiança de investidores estrangeiros.
O analista também aponta a aproximação da posse de Donald Trump como um fator adicional para a valorização do dólar frente a outras moedas, o que pode intensificar as oscilações nos próximos dias.
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Além disso, o Banco Central divulgou os números das contas públicas de novembro, com um déficit primário de 1,65% do PIB nos últimos 12 meses, e uma redução da dívida líquida do setor público para 61,2% do PIB.
No último Boletim Focus de 2024, as estimativas para a cotação do dólar no fim de 2025 apontam uma alta, com a projeção passando de R$5,90 para R$5,96.
Indicadores
- Dólar comercial: R$ 6,23 (alta de 0,65%)
- Déficit primário: 1,65% do PIB
- Dívida líquida do setor público: 61,2% do PIB
- Projeção de dólar em 2025: R$ 5,96
