Após registrar queda durante três sessões consecutivas e uma desvalorização acumulada de 2,28%, o dólar à vista teve alta significativa nesta quarta-feira (22), aproximando-se novamente do patamar de R$ 5,15 ao fechar o mercado. A valorização da moeda americana é reflexo da reação dos investidores a um novo ciclo de fortalecimento global do dólar e ao aumento das taxas dos Treasuries, que motivou ajustes e realização de lucros no mercado nacional.
O cenário externo predominou na dinâmica cambial do dia, apesar das persistentes preocupações com a situação fiscal do Brasil, especialmente diante dos esforços do governo para conter medidas de aumento de gastos no Congresso. Os dados positivos vindos dos Estados Unidos, especificamente os números superiores aos esperados para as encomendas de bens duráveis em março, compensaram os impactos da leitura moderada dos índices de gerentes de compras (PMIs) divulgados pela S&P Global ontem, sustentando a expectativa de uma única redução na taxa de juros pelo Federal Reserve no decorrer do ano.
O dólar atingiu sua máxima diária de R$ 5,1718 e encerrou o pregão com valorização de 0,35%, cotado a R$ 5,1482. Apesar da alta de hoje, a moeda americana acumula uma baixa de 0,98% na semana, mas ainda apresenta uma valorização de 2,65% no mês de abril.
No Brasil
Em um evento ocorrido hoje, Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central, reafirmou a decisão da instituição de não intervir no mercado cambial na última semana, apesar da aproximação do dólar ao nível de R$ 5,29. Segundo Galípolo, essa postura permite que a taxa de câmbio reflita as reprecificações globais de ativos, diante de um cenário de juros elevados por um período mais prolongado nos Estados Unidos.
Em Brasília, a atenção se volta para a agenda econômica, com destaque para o envio ao Congresso dos projetos de lei da reforma tributária e a tramitação de propostas que podem elevar os gastos públicos. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), trouxe alívio ao Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao afirmar que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Quinquênio, que tem um impacto financeiro estimado em R$ 42 bilhões e é patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não deve prosperar na Câmara dos Deputados.
Confira o fechamento dessa quarta-feira, 24 de abril de 2024
Mais Negociadas
MGLU3.SA | -0,69% | R$ 1,43 |
HAPV3.SA | -0,28% | R$ 3,60 |
PETR4.SA | -0,46% | R$ 41,23 |
B3SA3.SA | -1,35% | R$ 10,94 |
USIM5.SA | -3,74% | R$ 8,76 |
Maiores Altas
RECV3.SA | +4,74% | R$ 22,09 |
IGTI11.SA | +2,1% | R$ 21,41 |
PCAR3.SA | +1,81% | R$ 2,82 |
ABEV3.SA | +1,52% | R$ 12,04 |
VALE3.SA | +1,24% | R$ 63,56 |
Maiores Baixas
PETZ3.SA | -9,51% | R$ 4,66 |
GOLL4.SA | -7,41% | R$ 1,25 |
BHIA3.SA | -4,86% | R$ 5,68 |
POSI3.SA | -4,57% | R$ 8,98 |
VAMO3.SA | -4,11% | R$ 7,00 |