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Dólar avança frente ao real após críticas de Lula

Dólar sobe ante o real com foco em formação de taxa Ptax e comentários de Lula

Arte: GDI
Arte: GDI
  • O dólar à vista teve forte alta frente ao real nesta sexta-feira (28), apesar de abrir com leve queda inicialmente.
  • Investidores estão focados na formação da taxa Ptax de fim de mês, influenciando as cotações no mercado brasileiro.
  • Às 13h52, o dólar estava cotado a R$ 5,569 para compra e R$ 5,570 para venda, atingindo R$ 5,58 como máxima do dia.
  • Comentários do ex-presidente Lula criticando a taxa de juros atual e sugerindo mudanças no Banco Central influenciaram o mercado.
  • Internacionalmente, dados de inflação nos EUA, como o índice PCE, também estão sendo monitorados pelos investidores.

Nesta sexta-feira (28), o dólar à vista apresenta uma significativa valorização frente ao real brasileiro, após abrir com leve queda. Este movimento ocorre apesar da queda da moeda norte-americana em relação a outras moedas emergentes no cenário internacional. As cotações no mercado brasileiro refletem a disputa pela formação da taxa Ptax de fim de mês, enquanto os investidores assimilam também os dados de inflação nos Estados Unidos.

Às 13h52, o dólar à vista registrou um aumento de 1,12%, sendo cotado a R$ 5,569 para compra e R$ 5,570 para venda, alcançando o pico de R$ 5,58 durante o dia. Na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), o contrato de dólar futuro para agosto, que se tornou o mais líquido hoje, apresentava alta de 1,02%, sendo negociado a R$ 5,559.

A taxa Ptax, calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, é crucial para a liquidação de contratos futuros e tem sido alvo da atenção dos agentes financeiros neste período de fim de mês. Esse fenômeno é impulsionado por estratégias dos participantes do mercado, buscando influenciar a taxa de acordo com suas posições compradas ou vendidas em dólar.

Além da dinâmica local, as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm impactado o cenário. Lula criticou a taxa de juros atual de 10,50% ao ano como inadequada para uma inflação de 4%, sugerindo mudanças na presidência do Banco Central como forma de ajustar essa política econômica. Suas observações geraram debates sobre as perspectivas futuras para as políticas monetárias no Brasil, influenciando ainda mais a volatilidade no mercado cambial.

Diante desses elementos, o mercado cambial brasileiro continua operando sob influência de múltiplos fatores, destacando-se a formação da taxa Ptax, os comentários de líderes políticos e os indicadores econômicos globais, todos contribuindo para a atual volatilidade nas cotações entre o dólar e o real.

Internacionalmente, investidores também estão monitorando os dados de inflação nos Estados Unidos, especialmente o índice de preços de despesas pessoais (PCE), que mostrou estabilidade em relação a abril e está alinhado às expectativas do mercado.