O dólar comercial encerrou o dia com queda de 0,12% ante o real, cotado a R$6,104 nesta terça-feira (7), ampliando as perdas registradas no pregão anterior. A moeda norte-americana chegou a tocar seu patamar mínimo de R$6,055 durante o dia, em um movimento de cautela dos investidores, à medida que se aproximava o início da divulgação de dados de emprego nos Estados Unidos, com destaque para o índice JOLTs.
A cotação do dólar reflete também um cenário internacional de possíveis mudanças nas tarifas de importação dos Estados Unidos. Uma notícia divulgada pelo Washington Post indicou que o governo de Donald Trump poderia reduzir o impacto das tarifas, o que, caso se confirme, pode levar a uma inflação mais moderada nos EUA, taxas de juros mais baixas e, consequentemente, um dólar mais fraco frente às divisas de países exportadores de commodities.
O mercado interno segue atento aos números de preços ao produtor, enquanto os investidores observam uma redução nos prêmios de risco no Brasil, após a pressão sobre o câmbio no final de 2024.
Em entrevista à GloboNews, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo brasileiro fechou 2024 com um déficit primário de 0,1% do PIB, além de destacar que o governo continua avaliando novas medidas para equilibrar as contas públicas.
“O dólar está valorizado mundialmente, e há um exagero do mercado em relação à perspectiva da economia brasileira”.
Disse Haddad, destacando uma expectativa de acomodação do câmbio nos próximos dias.
Cotação do Dólar no fechamento
- Dólar Comercial: R$ 6,103 (compra) / R$ 6,104 (venda)
- Dólar Turismo: R$ 6,187 (compra) / R$ 6,367 (venda)
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caiu 0,33%, a 6.121 pontos.