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Dólar encerra mês abaixo dos R$ 5 com queda acumulada de 1,61% em abril

Foto/Reprodução GDI
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Dólar fecha abaixo de R$ 5 pela primeira vez em abril, com queda acumulada de 1,61% no mês e 1,40% na semana.

O dólar à vista fechou esta sexta-feira (28) em leve alta de 0,15%, em um dia de formação da Ptax mensal. Ao longo da semana, a moeda americana registrou queda de 1,40% e no acumulado do mês, a baixa foi de 1,61%, encerrando abril a R$ 4,9874, abaixo da marca psicológica dos R$ 5.

A força do dólar no cenário internacional não se sustentou e o real ganhou força após a formação da Ptax. Fatores externos e internos colaboraram para o desempenho da moeda brasileira, como a expectativa de fim do ciclo de aperto monetário nos EUA e o arcabouço fiscal proposto no Brasil.

Real ganha força com expectativa de fim do ciclo de aperto monetário nos EUA e arcabouço fiscal no Brasil

O dólar à vista encerrou a sessão desta sexta-feira (28) em leve alta, de 0,15%, em dia de formação da Ptax mensal, usada como referência para a liquidação dos contratos futuros de maio. No acumulado da semana, a moeda americana caiu 1,40%, e em abril, registrou queda de 1,61%, fechando o mês a R$ 4,9874, abaixo da barreira psicológica dos R$ 5.

Durante a manhã, o dólar buscou recuperar parte das perdas frente às principais divisas, seja de mercado emergente ou desenvolvido. Entretanto, a força do dólar no cenário internacional não se sustentou e a moeda seguiu apática, sem uma orientação clara.

O real, por sua vez, aparecia mais cedo com o segundo pior desempenho entre 33 moedas acompanhadas pelo Valor. Porém, após a formação da Ptax, passou a ganhar força. Na semana, o dólar recuou 1,40%, enquanto no mês a queda foi de 1,61%.

Ao longo de abril, dois fatores foram determinantes para o desempenho da moeda brasileira. No cenário internacional, a expectativa de fim do ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos esfria os rendimentos dos títulos americanos e, portanto, seu poder de atração.

Já na cena doméstica, apesar das incertezas, há um arcabouço fiscal proposto. Embora não seja o ideal para o mercado, já representa algum limite ao endividamento público, sendo capaz de aumentar o apetite ao risco no país.