Dólar sobe 1,37%, fechando a R$ 5,0115, com mercado temendo interferências do governo no BC e na Eletrobras.
O dólar fechou com alta expressiva nesta segunda-feira, ultrapassando R$ 5, em meio a preocupações do mercado com possíveis interferências do governo no Banco Central (BC) e na Eletrobras.
A moeda norte-americana iniciou o dia em alta após a Advocacia-Geral da União (AGU) entrar com uma ação no STF para recuperar o poder de voto na Eletrobras, movimento visto como um passo para reverter a privatização da empresa, embora o governo tenha negado tal possibilidade.
Além disso, a indicação de Gabriel Galípolo, secretário-executivo da Fazenda, para a diretoria de Política Monetária do BC foi mal recebida pelo mercado, aumentando as preocupações sobre a interferência do governo na política monetária.
Mercado preocupado com interferências do governo no Banco Central e Eletrobras
O dólar fechou em alta de 1,37%, cotado a R$ 5,0115, nesta segunda-feira, em meio a preocupações do mercado com possíveis interferências do governo no Banco Central e na Eletrobras.
O movimento foi impulsionado pela ação da Advocacia-Geral da União (AGU) no STF para recuperar o poder de voto na Eletrobras, o que foi interpretado como uma possível tentativa de reverter a privatização da companhia, embora o governo tenha negado essa intenção.
Além disso, a indicação de Gabriel Galípolo, secretário-executivo da Fazenda e braço direito do ministro Fernando Haddad, para a diretoria de Política Monetária do BC, foi mal recebida pelo mercado.
A escolha levantou preocupações sobre uma possível interferência do governo na política monetária. Ailton Aquino, funcionário de carreira do BC, assumirá a diretoria de Fiscalização.
A avaliação é que Galípolo possa assumir o comando do BC quando terminar o mandato de Roberto Campos Neto, em 2024.
No cenário internacional, o dólar operou em alta frente aos pares, especialmente após o relatório trimestral de crédito do Federal Reserve (Fed) mostrar um aperto disseminado na economia dos Estados Unidos, elevando o risco de recessão.
O dólar futuro para junho avançava 0,98%, cotado a R$ 5,0335. No exterior, o índice DXY ganhava 0,20%, atingindo 101,415 pontos. O euro caía 0,14%, negociado a US$ 1,1002, enquanto a libra esterlina perdia 0,11%, valendo US$ 1,2617.