Dólar fecha em alta moderada após sessão volátil no mercado brasileiro

O dólar encerrou a sessão desta sexta-feira com uma leve valorização, refletindo um dia de oscilações intensas em meio à baixa liquidez do mercado. A moeda norte-americana fechou cotada a 6,183 reais na venda, registrando um aumento de 0,29%. Ao longo da semana, o dólar acumulou uma queda de quase 0,2%.

Na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento apresentou um avanço de 0,31%, alcançando 6,208 reais na venda às 17h03.

Os números mostram um cenário em que o dólar teve um desempenho volátil durante o dia, influenciado principalmente por movimentos no cenário global. Com a agenda econômica doméstica praticamente vazia, os investidores direcionaram suas atenções para o exterior, onde notícias envolvendo as economias dos Estados Unidos e da China movimentaram os mercados financeiros.

No início da sessão, o dólar iniciou um movimento de alta frente ao real e outras moedas emergentes. Este movimento foi impulsionado pelas especulações sobre o impacto das medidas de estímulo econômico da China, que poderiam resultar em um yuan mais fraco. Esta expectativa afeta diretamente o desempenho de moedas como o real.

O iuan chinês, por exemplo, alcançou uma mínima de 14 meses em relação ao dólar, refletindo as expectativas de uma política monetária mais flexível por parte do governo chinês. No entanto, uma declaração posterior do banco central chinês sobre a intenção de reduzir as taxas de juros em um momento oportuno ajudou a estabilizar o mercado cambial e a conter a desvalorização do yuan.

Em resposta a esses eventos, o dólar atingiu seu pico máximo do dia no Brasil, atingindo 6,2005 reais, antes de registrar uma reversão de tendência à medida que o mercado digeria a notícia chinesa.

No decorrer da tarde, o dólar dos EUA novamente ganhou força em relação ao real, impulsionado por dados econômicos positivos dos Estados Unidos. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria norte-americana superou as expectativas, indicando um desempenho robusto do setor industrial em dezembro, o que reforçou as perspectivas de uma política de juros mais elevados pelo Federal Reserve.