O dólar cai frente ao real devido a investidores estrangeiros otimistas com a economia doméstica e entrada de bilhões na bolsa.
Nesta terça-feira, o dólar enfrentou uma sessão volátil, mas fechou em baixa frente ao real, graças ao otimismo de investidores estrangeiros em relação à economia brasileira. Durante a manhã, a moeda norte-americana chegou a operar em alta, devido à demanda de remessas de fim de ano de empresas para o exterior.
No entanto, o PIB do terceiro trimestre e os dados de atividade melhores do que o esperado impulsionaram o câmbio, mostrando que a economia doméstica continua aquecida e desautorizando um corte mais acelerado da taxa Selic.
Entrada de investimentos estrangeiros aquece o mercado brasileiro, impulsionando a queda do dólar
O dólar teve um dia de altos e baixos, mas acabou fechando em baixa frente ao real, com a entrada de investidores estrangeiros no mercado brasileiro. Durante a manhã, a moeda norte-americana enfrentou pressões devido à demanda de remessas de fim de ano de empresas que precisam enviar dinheiro para o exterior. No entanto, o cenário mudou à tarde com a divulgação de dados econômicos positivos.
O Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre e os índices de atividade, como o PMI (Índice de Gerentes de Compras), surpreenderam positivamente, indicando que a economia doméstica continua aquecida. Isso acalmou os investidores e desautorizou a expectativa de um corte mais agressivo na taxa básica de juros, a Selic. O “carry trade,” estratégia em que investidores estrangeiros buscam lucrar com a diferença entre as taxas de juros, ganhou força com essa notícia.
Além disso, investidores estrangeiros continuam demonstrando interesse na bolsa de valores brasileira, com uma entrada de mais de R$ 5,5 bilhões na semana passada. Essa injeção de capital contribuiu para a estabilidade do mercado financeiro local e pressionou o dólar para baixo.
No cenário internacional, o dólar estava se fortalecendo em relação a outras moedas, em parte devido à revisão das expectativas em relação à política do Federal Reserve (Fed) dos EUA. No entanto, essa valorização era limitada pelo relatório Jolts, que indicou uma queda no número de postos de trabalho abertos em outubro.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,47%, a R$ 4,9255, perto da mínima do dia (R$ 4,9250). Na máxima, marcou R$ 4,9672. O dólar futuro para janeiro caía 0,37%, a R$ 4,9350. Lá fora, o índice DXY subia 0,32%, para 104,045 pontos. O Euro recuava 0,45%, a US$ 1,0784.
Indecisão marca o fechamento das bolsas em Nova York com investidores de olho nos rendimentos dos Treasuries e no relatório de empregos
A sessão desta terça-feira nas bolsas de Nova York foi caracterizada por uma falta de direção clara, refletindo a cautela que se estabeleceu nos mercados após a última sessão. Os investidores mantiveram um olhar atento sobre os acontecimentos econômicos e as tendências globais que moldam o cenário financeiro.
Um dos principais eventos que influenciaram o sentimento do mercado foi o relatório Jolts, que destacou uma queda na abertura de vagas nos Estados Unidos. Isso reforçou a expectativa de que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, não terá pressa em aumentar as taxas de juros em um esforço para conter a inflação. Essa notícia impactou os rendimentos dos Treasuries, com o juro do T-bond de 30 anos caindo para 4,303%, o da T-note de 2 anos recuando para 4,578%, o da T-note de 5 anos cedendo para 4,1524%, e o da T-note de 10 anos caindo para 4,186%.
No campo das ações, o índice Dow Jones recuou 0,22%, encerrando o dia com 36.124,56 pontos, enquanto o S&P500 registrou uma ligeira queda de 0,06%, fechando a 4.567,18 pontos. O Nasdaq, por outro lado, teve um desempenho positivo, com um ganho de 0,31% e um fechamento em 14.229,91 pontos.
No setor de tecnologia, as ações da Nokia sofreram uma queda de 5,06% em resposta ao anúncio da AT&T de que trocaria os equipamentos da empresa finlandesa pelos da Ericsson em um acordo no valor de US$ 14 bilhões. Enquanto isso, as ações da Ericsson registraram um aumento de 4,00%, refletindo a confiança dos investidores na empresa sueca.