
COTAÇÃO DO DÓLAR HOJE:
09:05 – Dólar comercial (compra): -0,09%, cotado a R$ 5,741.
Radar do câmbio
Em um dia marcado por decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos (EUA), o dólar comercial encerrou a última quarta-feira (7) em alta de 0,61%, cotado a R$ 5,745 na compra.
O movimento de valorização da moeda americana refletiu, sobretudo, o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que adotou um tom mais duro ao comentar a manutenção da taxa de juros norte-americana na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano — exatamente como previa o mercado.
Powell sinalizou que o Fed ainda vê espaço para manter os juros em níveis elevados por mais tempo, o que reforça a atratividade dos ativos em dólar. Essa perspectiva tende a fortalecer a moeda americana, uma vez que juros mais altos nos EUA atraem fluxo de capital estrangeiro em busca de maior retorno.
No entanto, o cenário pode ganhar novos contornos nesta quinta-feira (8), após a decisão do Banco Central (BC) brasileiro de elevar a taxa Selic de 14,25% para 14,75% ao ano, após o fechamento do último pregão.
Essa decisão amplia o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos e pode favorecer o real frente ao dólar, ao tornar os investimentos em renda fixa ainda mais atraentes para o investidor estrangeiro.
Confira a seguir os fatores que devem influenciar o câmbio nesta quinta-feira (8):
O que influencia o dólar hoje?
Nesta quinta-feira (8), o mercado de câmbio reage a uma combinação de fatores.
No Brasil, será sentido a decisão do BC em elevar a Selic. O pregão evidenciará como os investidores lideram com o comunicado do Banco Central, que sinalizou que o ciclo de alta pode estar perto do fim, o que pode limitar um impulso positivo para a moeda brasileira.
Ao mesmo tempo, o cenário externo adiciona volatilidade. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um acordo comercial “completo e abrangente” com o Reino Unido, o primeiro de uma série prometida por sua administração.
A notícia animou os mercados globais nesta manhã e contribuiu para um ambiente de maior apetite por risco, o que geralmente favorece moedas de países emergentes como o Brasil.
No entanto, a política comercial agressiva de Trump, com tarifas sobre dezenas de países, ainda gera incerteza e pode manter o dólar pressionado globalmente, em especial se houver novos atritos com parceiros relevantes como China ou União Europeia.