- O dólar opera em queda frente ao real nesta sexta-feira (12)
- Isto, em linha com a desvalorização da moeda nos EUA
- Os investidores, contudo, estão atentos aos dados recentes, que mostraram um aumento de 0,2% em junho em comparação com o mês anterior
O dólar à vista está operando em queda em relação ao real, em linha com a desvalorização da moeda dos Estados Unidos frente. Ainda, a outras divisas de países exportadores de commodities e economias emergentes no cenário internacional. Os investidores, no entanto, estão atentos aos dados recentes de inflação ao produtor nos EUA, que mostraram um aumento de 0,2% em junho em comparação com o mês anterior. Em termos anuais, o índice de preços ao produtor avançou, contudo, 2,6%, marcando o maior aumento desde março de 2023.
A alta mensal superou as expectativas do consenso de analistas da LSEG, que esperavam, entretanto, um crescimento de 0,1% no PPI. Para o período de 12 meses, os analistas esperavam uma inflação menos intensa, de 2,3%. Esses dados, no entanto, têm influenciado as expectativas do mercado em relação à política monetária nos EUA e têm impactado os movimentos do mercado cambial globalmente.
Às 9h45, o dólar comercial estava sendo negociado em queda de 0,33%, cotado a R$ 5,423 na compra e R$ 5,425 na venda. Na B3, o contrato futuro de dólar para agosto (DOLc1) apresentava uma baixa de 0,37%, atingindo 5.431 pontos.
No dia anterior, a moeda norte-americana encerrou o pregão cotada a R$ 5,441 na venda, registrando um aumento de 0,53%. Em 2024, o dólar acumula uma valorização de 12,17%. Nesta sessão, o Banco Central realizará um leilão de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional, destinado à rolagem do vencimento em 2 de setembro de 2024.
Dólar registra queda de 1,71% a R$ 5,56
A moeda disparou nas últimas semanas diante de dúvidas sobre o ajuste fiscal e a autonomia do Banco Central.
Após o dólar comercial ter registrado a sua menor cotação de fechamento desde a última quinta-feira (27), a moeda americana sofreu uma correção global que favoreceu moedas de países emergentes e fechou o pregão de hoje registrando forte queda.
De acordo com informações, a depreciação do dólar ganhou mais força após o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizarem em direção à contenção das despesas do governo. As declarações vieram horas antes da reunião entre Lula e a equipe econômica que tratará de propostas para o contingenciamento dos gastos.
O dólar à vista, portanto, fechou a sessão em queda de 1,71%, a R$ 5,5683. Isto, após tocar mínima de R$ 5,5404 e máxima de R$ 5,6674. Já o euro comercial recuou 1,36%, a R$ 6,0050, depois de operar brevemente abaixo da cotação de R$ 6. Em outros mercados emergentes, por volta de 17h15, o dólar registrava depreciação de 1,03%, a 18,410 rands sul-africanos; de 0,48%.
O peso da sinalização do governo ficou evidente, contudo, no início da tarde de hoje, assim que o dólar passou a cair 2,20%, após Lula dizer que a “responsabilidade fiscal não é uma palavra, mas um compromisso do governo desde 2003”, enquanto Haddad afirmou que o câmbio vai acomodar e que “a diretoria do BC tem autonomia para atuar quando entender conveniente.”