Ações da petroleira estatal argentina YPF disparam em Nova York após Javier Milei anunciar planos de privatização.
Após a vitória eleitoral de Javier Milei, os mercados reagiram positivamente, com destaque para a petroleira estatal argentina YPF, cujas ações saltaram mais de 25% em Nova York. Milei, conhecido por suas ideias libertárias, anunciou planos de privatizar a YPF e outras empresas públicas de comunicação, visando a reconstrução e valorização da empresa para uma venda benéfica.
A privatização da YPF é vista como um passo significativo na transição energética da Argentina, com expectativas de preços de mercado livre para a energia. Além da YPF, ações de bancos argentinos também registraram alta no pré-market. A vitória de Milei sinaliza uma mudança potencial na política econômica argentina, com implicações significativas para o setor energético e financeiro.
Mercados reagem positivamente à vitória de Milei com foco na privatização da YPF
A vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais argentinas gerou uma resposta positiva nos mercados financeiros, especialmente em Nova York, onde as ações da petroleira estatal YPF registraram um salto impressionante de mais de 25%. Milei, um defensor das ideias libertárias, reafirmou em seu primeiro anúncio pós-eleição a intenção de privatizar a YPF e as empresas públicas de comunicação da Argentina.
A YPF, que sofreu deterioração desde sua nacionalização sob Axel Kicillof, agora enfrenta um processo de reconstrução e valorização antes da venda. Milei enfatiza a necessidade de racionalizar as estruturas da YPF e da Enarsa para criar valor e beneficiar os argentinos. A privatização é vista como um passo crucial na transição energética do país, com Milei propondo preços de mercado livre para a energia.
O Bradesco BBI destaca que a mudança para preços de mercado livre pode resultar em aumentos nos preços da gasolina e do diesel, beneficiando a YPF e outras petrolíferas. A remoção de subsídios ao gás natural também é esperada, o que pode ter um impacto negativo nas empresas de exploração e produção com grande exposição aos preços do gás argentino.
Além da YPF, as ações de bancos argentinos, como o grupo financeiro Galicia, Banco Macro e Supervielle, também registraram altas significativas no pré-market. Outras empresas argentinas, como Despegar, Loma Negra, Central Puerto, Transportadora de Gas del Sur, Pampa Energía, Edenor, Telecom Argentina, Mercado Libre, Irsa e Bioceres, também tiveram reações positivas, embora mais modestas.
Essa resposta do mercado reflete o otimismo dos investidores com a mudança potencial na política econômica sob a liderança de Milei. A privatização da YPF e a adoção de preços de mercado livre para a energia são vistas como movimentos que podem revitalizar a economia argentina e atrair mais investimentos estrangeiros. A vitória de Milei, portanto, não apenas marca uma mudança significativa na política argentina, mas também sinaliza uma nova era para o setor energético e financeiro do país.
Reforma econômica na Argentina: Milei prepara privatizações de drandes estatais
O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, anunciou um plano ambicioso para privatizar várias empresas estatais argentinas, marcando uma mudança significativa na política econômica do país. Milei, que tomará posse em 10 de dezembro, declarou que pretende transferir para o setor privado tudo o que for possível, seguindo sua ideologia ultraliberal.
Entre as primeiras empresas nomeadas para a privatização estão a petrolífera YPF, que detém a maior parte do mercado interno de combustíveis na Argentina, e quatro meios de comunicação estatais: TV Pública, Radio Nacional e Telam. A YPF, que já passou por um processo de privatização na década de 1990 e foi reestatizada em 2012, esteve recentemente no centro de uma crise de abastecimento, exacerbada pela política de controle de preços do governo.
A decisão de Milei de privatizar estas empresas é vista como um passo ousado, especialmente considerando a história turbulenta da YPF. A reestatização da YPF em 2012, sob o governo de Cristina Kirchner, foi um processo controverso que resultou em uma condenação do governo argentino a pagar 16 bilhões de dólares em setembro passado.
Além disso, a cobertura das eleições pela imprensa pública argentina foi marcada por tensões, especialmente em relação à campanha libertária de Milei. Incidentes como a discussão ao vivo entre uma jornalista da TV Pública e uma deputada eleita de Milei, e a transmissão de uma entrevista com o Papa Francisco criticando indiretamente o libertarianismo, destacam o clima político desafiador que Milei enfrentará.
Essas privatizações propostas por Milei representam um potencial ponto de inflexão para a economia argentina, com implicações significativas para o papel do estado na economia e para o futuro das empresas estatais no país. A comunidade internacional e os mercados financeiros estão observando atentamente, enquanto Milei se prepara para implementar suas políticas ultraliberais.