O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto no primeiro turno, mas empata tecnicamente no segundo turno com Tarcísio de Freitas (Republicanos) e com Michelle Bolsonaro (PL) — dois dos principais nomes da direita para a sucessão presidencial -, segundo pesquisa AtlasIntel divulgada nesta terça-feira (8).
A sondagem, realizada entre 27 e 30 de junho com 2.621 entrevistados, faz parte do relatório Latam Pulse, uma iniciativa da AtlasIntel em parceria com a Bloomberg que monitora o cenário político na América Latina. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Lula x Bolsonaro: duelo ainda vivo
Mesmo inelegível até 2030 por decisão do TSE, Jair Bolsonaro aparece em cenários simulados como principal rival de Lula.
Em um eventual primeiro turno, o ex-presidente tem 46% das intenções de voto, contra 44,4% de Lula. No segundo turno, o embate ficaria em 48,6% para Bolsonaro e 47,8% para Lula, o que configura empate técnico.
A influência de Bolsonaro permanece forte apesar de sua situação jurídica: ele é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes contra a democracia e pode ser preso ainda este ano se for condenado.
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Tarcísio e Michelle crescem como alternativas
Na disputa com Tarcísio de Freitas, Lula lidera no primeiro turno com 44,6%, enquanto o governador de São Paulo tem 34%. No segundo turno, o cenário se aperta: Lula aparece com 47,6% e Tarcísio com 46,9%, novamente dentro da margem de erro.
Já no embate com Michelle Bolsonaro, o petista tem 45% no primeiro turno e ela, 30,4%. Mas no segundo turno, a diferença praticamente desaparece: 48% para Lula e 47,5% para Michelle.
E se Lula não for candidato?
Em um cenário sem Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), aparece como principal nome do campo progressista. Ele tem 33,3% das intenções de voto, contra 34% de Tarcísio.
Embora Haddad herde parte do eleitorado petista, ele também enfrentaria um cenário fragmentado, com Ciro Gomes (8,3%), Romeu Zema (4,8%), e outros nomes testados.
Ciro, Zema e os nomes do centro
Ciro Gomes, que negocia sua filiação ao PSDB, segue como alternativa de terceira via, mas não rompe a barreira dos 8,3% em nenhum cenário. Zema, governador de Minas Gerais, aparece com até 7,2%, dependendo da simulação. Já Ratinho Junior (PSD), Caiado (União) e Eduardo Leite (PSDB) têm menos de 5% das intenções de voto nos cenários testados.
Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.
