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Elétricas: o setor para lucrar muito em 2024?

Análise do BTG Pactual destaca Eletrobras, Equatorial e Copel como as elétricas preferidas para 2024

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O setor elétrico brasileiro segue em constante evolução e adaptação, e o BTG Pactual divulgou recentemente sua análise sobre as empresas mais promissoras para 2024. Os analistas João Pimentel, Gisele Gushiken e Maria Resende destacam que, apesar dos bons níveis de reservatórios e preços baixos de energia, a situação parece estar mudando, com os preços se aproximando das estimativas do banco. As elétricas preferidas do BTG para este ano são Copel, Eletrobras e Equatorial.

A Eletrobras, que enfrentou uma série de desafios após sua privatização em junho de 2022, incluindo recuperação lenta, ruído político e revisão em baixa das expectativas de preços de energia, parece estar iniciando uma reviravolta. A chegada de Ivan Monteiro como CEO e de Eduardo Haiama como CFO trouxe avanços nas iniciativas de turnaround, com resultados positivos no segundo e terceiro trimestre e avanços no programa de desinvestimentos. O BTG espera que a Eletrobras continue a reduzir custos em 2024, impulsionada pelo programa de demissão voluntária e potenciais acordos com o governo, o que pode eliminar sobrecargas políticas.

A Equatorial surge como a preferida dos investidores em serviços públicos, com 29% dos entrevistados pelo BTG a considerando como favorita. Seu histórico em operações de distribuição e alocação de capital, juntamente com revisões tarifárias positivas, contribuem para essa preferência. A empresa também se beneficia do recente pico nas temperaturas, que deve se refletir em resultados fortes no quarto trimestre. Apesar da alta em 2023, a ação da Equatorial ainda oferece uma taxa interna de retorno (TIR) real de 10,5%, superando os títulos do tesouro brasileiro de 10 anos.

Por sua vez, a Copel, que também passou por um processo de privatização, apresenta ganhos de eficiência similares aos da Eletrobras. Menos exposta aos preços de energia, a Copel tem risco negativo reduzido e um carregamento de dividendos decente, que pode ser melhorado com desinvestimentos recentes e esperados. Um gatilho positivo adicional poderia ser a migração para o Novo Mercado, aumentando a liquidez das ações. A conclusão do processo de privatização é refletida no bom desempenho da Copel em 2023, que ainda negocia a uma TIR real de 10,3%, representando um bom risco-retorno.

Estas análises do BTG Pactual indicam uma fase de transição no setor elétrico, com empresas se adaptando a um cenário em mudança e buscando eficiência operacional e financeira. A Eletrobras parece estar superando os desafios pós-privatização, enquanto a Equatorial se destaca por seu desempenho em distribuição e alocação de capital. A Copel, por sua vez, combina proteção e riscos baixos com possíveis gatilhos positivos em 2024.

Estes insights são cruciais para investidores e stakeholders do setor elétrico, pois indicam não só as tendências de mercado, mas também as estratégias das empresas para se adaptar e prosperar. A Eletrobras, Equatorial e Copel demonstram ser exemplos de adaptação e inovação, posicionando-se como empresas a serem observadas no cenário energético brasileiro.