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Eletrobras vende participação nos complexos Chapada do Piauí

Eletrobras (ELET3) finaliza venda de participação de 49% em 15 Sociedades de Propósito Específico nos complexos Chapada do Piauí I e II.

Imagem/Reprodução Logo Eletrobras
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  • A Eletrobras anunciou a conclusão da venda de uma de suas participações minoritárias
  • Esta, e 49% no capital social das 15 Sociedades de Propósito Específico (SPEs) dos complexos Chapada do Piauí I e II
  • A transação, sujeita à implementação de condições prévias, destaca o compromisso da Eletrobras com a otimização de suas participações minoritárias

A Eletrobras (ELET3) anunciou a conclusão da venda de uma participação minoritária de 49% no capital social das 15 Sociedades de Propósito Específico (SPEs) dos complexos Chapada do Piauí I e II. Esta, portanto, para o Infraestrutura Brasil Holding, gerido pelo Pátria Investimentos, e para a Invenergy Wind South America LLC.

A transação, sujeita à implementação de condições prévias, destaca o compromisso da Eletrobras com a otimização de suas participações minoritárias. Ainda, com a simplificação da estrutura organizacional, foco na disciplina de capital e criação de valor para os acionistas, contudo, conforme comunicado oficial da empresa.

Eletrobras vende térmicas à Âmbar Energia avaliadas em R$ 4,7 Bi

Nesta segunda-feira (10), a Eletrobras (ELET3; ELET6) anunciou a assinatura de um acordo significativo para a venda de seu portfólio de termelétricas a gás natural para a Âmbar Energia. Avaliada em R$ 4,7 bilhões, a transação estratégica aumentará a capacidade instalada da empresa do grupo J&F para 4,6 gigawatts (GW). Consolidando, assim, sua posição no mercado de energia.

Além de fortalecer a Âmbar Energia, o negócio também traz benefícios consideráveis para a Eletrobras. A venda das termelétricas ajudará, no entanto, a mitigar os riscos associados à distribuidora Amazonas Energia. A qual, possui contratos com a maioria das usinas vendidas e tem sido uma fonte de inadimplência significativa para a Eletrobras.

Com essa operação, a Eletrobras reduz sua exposição a esses riscos financeiros, melhorando seu perfil de crédito e possibilitando um foco maior em suas operações principais e em futuros investimentos estratégicos. A operação reflete uma movimentação importante no setor energético brasileiro. Ainda, destacando a contínua reorganização e otimização de portfólios pelas grandes empresas do setor, dessa forma, em busca de maior eficiência e sustentabilidade financeira.

Segundo a Eletrobras, o acordo inclui um “earn-out” de R$ 1,2 bilhão e estabelece que a Âmbar Energia assuma imediatamente o risco de crédito dos contratos de energia associados às usinas, contudo, que totalizam 2 gigawatts (GW) de potência instalada.

O portfólio

O portfólio de termelétricas vendido pela Eletrobras compreende 12 usinas em operação e um projeto em desenvolvimento. Destas, 11 estão localizadas no Amazonas e uma no Rio de Janeiro. Em 2023, esses ativos geraram uma receita líquida de R$ 2,4 bilhões e um Ebitda de R$ 1,1 bilhão.

Este movimento estratégico permitirá à Eletrobras focar em suas operações principais. E, ao mesmo tempo em que fortalece a Âmbar Energia, elevando sua capacidade instalada e sua participação no mercado de energia.

A transação também é um passo importante para a Eletrobras na redução de riscos financeiros, especialmente relacionados à distribuidora Amazonas Energia, que tem sido, contudo, uma fonte significativa de inadimplência.

Com esta transação, a Âmbar Energia expande sua presença geográfica para dois novos estados e aumenta sua capacidade total instalada para 4,6 GW. Este portfólio diversificado inclui usinas térmicas, hidrelétricas, fotovoltaicas e de biogás, consolidando a Âmbar como um player significativo no setor energético brasileiro.

Os termos do acordo com a Âmbar Energia eliminam os impactos de inadimplência associados aos contratos de venda de energia das usinas com a Amazonas Energia, uma distribuidora que enfrenta riscos significativos de caducidade de seu contrato de concessão.

No caso de uma transferência de controle da Amazonas Energia, a Eletrobras , portanto, cederá todos os créditos pendentes contra a distribuidora para a Âmbar. Em troca, a Eletrobras terá uma opção de compra que permitirá capturar os benefícios econômicos decorrentes da recuperação operacional e, contudo, financeira da Amazonas Energia.