Enfim o resultado, e a Petrobras acabou por fazer da Eneva (ENEV3) a vencedora da disputa pelo Campo de Urucu. Entretanto, a negociação do contrato ainda levará meses, certamente.
Dessa forma, com Urucu – complexo com sete campo somando 34 bilhões de m³ de gás – as reservas 1P da Eneva, que hoje somam 29,5 bilhões de m³mais que sobram. Com isso, a companhia vence a 3R Petroleum, que havia feito uma proposta bem mais agressiva pelo campo.
De acordo com fontes do Brazil Journal, a 3R Petroleum havia oferecido US$ 1,1 bilhão pelo campo. Por outro lado, todavia, a Eneva propôs apenas US$ 600 milhões.
Entretanto, mesmo tendo um valor quase duas vezes maior, a proposta da 3R possuí várias condições que inviabilizavam o projeto. Uma das condições era o rompimento de contrato com a TAG (o gasoduto que transporta gás a uma alta tarifa que foi vendida à Engie). Além disso, o rompimento do contrato de fornecimento de gás com a Cigás, a distribuidora do Amazonas.
Portanto, a Petrobras não aceitou a oferta e pediu para que os concorrentes fizessem novas propostas. Assim sendo, na segunda rodada a Eneva subiu sua proposta em 30/40%, enquanto a 3R recuou.
Campo de Urucu e Eneva
Agora, com Urucu nas mãos, a Eneva poderá vender o gás excedente ou até mesmo transformá-lo em energia elétrica. Dessa forma, a nova aquisição poderá destravar inúmeros investimentos.
De acordo com executivos da companhia, o objetivo é vender o excedente de gás a estados como Roraima, Acre, Rondônia e Mato Grosso. Portanto, gerando a solução para as regiões Norte e Centro-Oeste, que por não estarem próximos a costa, não terão atendimento do gás do pré-sal.
Por fim, vale destacar que em dezembro a Eneva (ENEV3) comprou Juruá, próximo a Urucu. E, também, que em 2017 comprou o Azulão, no Amazonas. Boas notícias vieram e se descobriu 44% mais metros cúbicos de reservas do que se esperava, somando 5,2 bilhões.