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Eneva (ENEV3) consegue aprovação do Cade para aquisição de parte da Eletronorte

Eneva consegue aprovação do Cade para realizar a aquisição de parte da Eletronorte. Confira mais detalhes na matéria a seguir.

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A Superintendência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou um negócio que envolve a aquisição pela Eneva (ENEV3) de 49% das ações da Amapari atualmente detidas pela Eletronorte.

Assim sendo, com esse negócio, a Eneva passará a deter a totalidade do capital social da Amapari. Dessa forma, a empresa compradora atua na geração de energia elétrica de forma integrada ao setor termoelétrico envolvendo gás natural.

Nesse sentido, já a Eletronorte tem sede na Amazônia e serviços de energia elétrica. Dessa forma, ao todo, esse negócio envolve compra de R$ 17.110.451,61 em valores pagos para essa empresa.

Sob essa perspectiva, ao analisar os impactos dessa operação na competitividade o Cade verificou que ela deverá gerar sinergias operacionais, financeiras e tributárias importantes para o Grupo Eneva. Por isso, esse negócio deverá ser analisado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Contudo, o Cade deu aval para essa operação ao identificar que ela envolve menos de 30% das vendas no setor de atuações da empresa compradora. Segundo a Superintendência, a “operação não tem o condão de causar prejuízos à concorrência nos mercados de atuação das partes no Brasil”. Assim, foi dado aval a esse negócio.

Eneva no 4T21

A Eneva (ENEV3) anunciou seus números referentes ao quarto trimestre de 2021. Desse modo, a empresa registrou lucro líquido de R$ 489,4 milhões no quarto trimestre de 2021. Isto é, queda de 28,7% na comparação anual.

Assim sendo, a empresa explica que “a redução foi decorrente do aumento da despesa financeira líquida no 4T21 e da constituição extraordinária de ativo fiscal diferido ocorrida no 4T20 que não se repetiu no 4T21. Isto é, levando a um aumento nas despesas com impostos no 4T21”.

Nesse sentido, o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 39% no último trimestre do ano passado. Isto é, totalizando R$ 842,5 milhões, representando o maior Ebitda trimestral da história da companhia.

De acordo com a própria Eneva

“O aumento foi impulsionado principalmente pela alta expressiva dos CVUs das usinas a carvão e da UTE Parnaíba I, pela ampliação das margens fixas das usinas e pela reversão de impairment realizada em Itaqui”,

explica a Eneva

Já no que tange a margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada, esta atingiu 51,1% no período. Isto é, alta de 0,9% frente a margem registrada em 4T20.

Outros dados da Eneva no 4T21

Além disso, a receita líquida somou R$ 1,682 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado. Isto é, alta de 37,5% na comparação com igual etapa de 2020.

Em relação as despesas operacionais, estas somaram R$ 158,2 milhões no último trimestre do ano passado. Isto é, uma elevação de 12,6% em relação ao mesmo trimestre de 2020.

Já o resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$ 152,2 milhões no quarto trimestre de 2021. Isto é, um aumento de 105% sobre as perdas financeiras do quarto trimestre de 2020.

No que tange a dívida líquida da companhia, esta ficou em R$ 6,2 bilhões no final de dezembro de 2021, crescimento de 18,8% em relação ao mesmo período de 2020.

Por fim, o indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 2,8 vezes em dezembro/21, queda de 0,5 vez em relação ao mesmo período de 2020.