Uma das maiores gestoras do Brasil, com mais de R$ 160 bilhões sob gestão em seis fundos, a Rio Bravo, destacou as ações da Eneva (ENEV3). Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central é um dos sócios da gestora.
De acordo com Paulo Bilyk, CEO e chefe de investimentos da Rio Bravo, a companhia está na carteira da gestora desde 2019 e permanece como uma das favoritas.
“Apesar de uma valorização de 35% no ano [de 2020], ainda temos uma convicção grande no case de Eneva”
disse Bilyk.
Além disso, o CEO complementa dizendo: “É uma empresa que tem market share relevante no setor, mas com espaço para consolidação.”
Entretanto, segundo Paulo Bilyk, grande parte da alta da Eneva em 2020 se deve a fatores fora do radar de analistas. Dessa forma, a alta não se refletiu nos preços-alvos. Entre os fatores estão as aquisições, além das descobertas de novas reservas de gás.
Além disso, a integração das operações da Eneva também rende pontos para a companhia. O objetivo da companhia sempre foi dominar toda a cadeia de geração de energia termelétrica. Assim sendo, atua desde a exploração e produção de gás natural até a geração e comercialização de energia.
Representando 9% da capacidade térmica total do País, a capacidade instalada da Eneva é de 2,2 gigawatts.
O cenário favorável a Eneva
Por fim, vale dizer que a demanda pelas termelétricas cresce. Isto por causa da cresceste escassez de chuvas e a redução dos reservatórios das hidrelétricas.
“Pensando em um cenário hidrológico brasileiro cada vez mais desafiador, como o que temos vivenciado intensamente nos últimos cinco anos, a posição em Eneva, além de fazer bastante sentido ao se pensar em despachos e novos projetos, funciona como um hedge indireto para outras posição que carregamos em utilities”
afirma o CEO e chefe de investimentos da gestora Rio Bravo.