
- Déficit crescente – O governo precisa cobrir um rombo de R$ 100 bilhões até 2026
- Congresso dividido – Medidas essenciais ainda dependem de aprovação parlamentar
- Cenário político tenso – Julgamento de Bolsonaro pode aumentar a instabilidade no país
O governo federal enfrenta um desafio orçamentário de aproximadamente R$ 100 bilhões até 2026, valor que representa quase todo o orçamento discricionário da União.
Segundo Leonardo Barreto, sócio da consultoria Think Policy, encontrar essa quantia sem comprometer investimentos essenciais será uma tarefa árdua. Além disso, há um contingenciamento de R$ 32 bilhões necessário para cumprir a meta fiscal ainda este ano.
Receitas incertas e novas despesas
Cerca de R$ 170 bilhões em arrecadação estão atrelados a políticas que ainda dependem da aprovação do Congresso, tornando a estabilidade fiscal ainda mais incerta. Paralelamente, o governo precisa viabilizar recursos para novos programas sociais, como o “Gás para Todos” e o “Pé de Meia”, além de cobrir a desoneração do imposto de renda, o que pode gerar um custo adicional de até R$ 45 bilhões.
Cresce a tensão no Congresso e no cenário político
O retorno do recesso parlamentar promete ser marcado por embates acirrados. A ministra de Relações Institucionais, Simone Tebet, já indicou que cortes de gastos não estão nos planos, o que pode levar o governo a buscar aumento de impostos ou bloqueios orçamentários para fechar as contas.
Além disso, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pode elevar ainda mais a instabilidade política, com especulações até sobre uma possível busca por asilo no exterior.
A combinação de desafios fiscais e incertezas políticas coloca o governo sob forte pressão, exigindo soluções rápidas para evitar uma crise ainda maior nos próximos meses.