Notícias

Eztec lidera alta; Frigoríficos em queda

Foto/Reprodução GDI
Foto/Reprodução GDI

Mercado oscila com setores imobiliário e frigoríficos reagindo a mudanças nos DIs e câmbio.

Os mercados financeiros brasileiros tiveram uma jornada movimentada nesta segunda-feira, com destaque para a empresa de construção civil Eztec, que liderou a alta no Ibovespa com um ganho de 5,84%, atingindo o valor de R$ 22,10 por ação. O movimento positivo ocorreu em meio à baixa dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), favorecendo setores sensíveis às mudanças nas taxas de juros futuros, como o setor imobiliário.

Em contrapartida, as empresas do setor de frigoríficos enfrentaram um dia desafiador, com variações negativas em seus preços das ações. Destaque para a MRFG3, que registrou uma queda de 1,84%, cotada a R$ 7,46, e para a BEEF3, com uma variação negativa de 1,61%, fechando em R$ 8,56. A BRFS3 também apresentou uma queda de 1,35%, cotada a R$ 8,74, enquanto a exceção foi a JBSS3, que teve um ganho de 1,57%, chegando a R$ 18,72.

Outros movimentos notáveis incluíram a PCAR3, que ganhou 5,23% e alcançou R$ 4,83, após o anúncio de que o controlador do GPA, o Casino, propôs iniciar negociações para a venda de sua participação de 34% na Cnova. A terceira maior alta do dia ficou com a CMIN3, que subiu 4,04%, atingindo R$ 4,38, impulsionada pelo otimismo com a economia chinesa. A Vale (VALE3) também apresentou um ganho de 1,44%, cotada a R$ 67,67.

No setor financeiro, os principais bancos registraram avanços, com destaque para o ITUB4, que teve um ganho de 2,54%, atingindo R$ 27,45, seguido pelo BBDC4 (+1,88%), SANB11 (+1,77%), BBAS3 (+1,59%), e BBDC3 (+1,41%). O cenário do mercado financeiro continua a ser influenciado por uma variedade de fatores, incluindo mudanças nas taxas de juros e flutuações cambiais, e os investidores permanecem atentos às notícias econômicas globais e locais para tomar decisões informadas.

Dólar recua no Brasil e moedas asiáticas ganham força com medidas de bancos centrais

O mercado cambial brasileiro experimentou uma reviravolta notável, com o dólar à vista registrando uma queda expressiva em relação ao real.

Esse movimento foi em consonância com as tendências globais que impactam as moedas. Entre os principais fatores que contribuíram para essa diminuição no valor do dólar, destacam-se o aumento dos empréstimos e o avanço da inflação na China, juntamente com medidas anunciadas pelo Banco Central chinês para conter a desvalorização do yuan.

Além disso, o Banco do Japão (BoJ) também desempenhou um papel importante nesse cenário. O presidente do BoJ, Kazuo Ueda, fez declarações indicando que a instituição poderia reconsiderar sua política de taxas de juros negativas se a meta de inflação de 2% estivesse próxima de ser alcançada. Isso gerou um sinal claro de que o BoJ estava disposto a reagir ao fortalecimento do dólar em relação ao iene.

Essas ações coordenadas dos bancos centrais asiáticos e os sinais de recuperação da economia chinesa tiveram um impacto positivo nas commodities, o que, por sua vez, valorizou as moedas de países produtores, como o real brasileiro.

Ao final da jornada de negociações, o dólar à vista fechou com uma queda de 1,04%, sendo cotado a R$ 4,9312. O dólar futuro para outubro também registrou uma queda significativa, recuando 1,23% e sendo cotado a R$ 4,9445.

No cenário internacional, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas, recuou 0,51%, atingindo 104,551 pontos. Enquanto isso, o euro valorizou-se em 0,46%, chegando a US$ 1,0749, a libra ganhou 0,36%, alcançando US$ 1,2512, e o iene japonês fortaleceu-se, com uma queda de 0,84%, sendo cotado a 146,57 ienes.