
O dia 12 de janeiro ficará para sempre marcado na memória de investidores com grandes posições compradas na varejista Americanas (AMER3). Mas felizmente a tortura para os acionistas da Americanas finalmente chegou ao fim com o pregão da bolsa de valores nesta quinta-feira, com a ação encerrando o dia com queda de 77,33%, a R$ 2,72. A ação fechou o pregão anterior cotada a R$ 12.
Apesar das grandes quedas, a ação encontrou sua faixa de valor após uma série de leilões, que se estenderam durante todo o pregão. O papel oscilou entre R$ 2,40 e R$ 2,95 no balcão da B3. E o volume financeiro também impressiona: alcançou R$ 692 milhões.
A ação despencou após a companhia comunicar ao mercado que encontrou uma inconsistência contábil de cerca de R$ 20 bilhões em uma análise preliminar, de acordo com um fato relevante enviado ao mercado nesta quarta-feira (11). O melhor estilo “IRB” de como não se operar na bolsa de valores.
A empresa afirmou que ainda não é possível determinar todos os impactos dessas inconsistências em seus resultados e no balanço patrimonial.
Entre as inconsistências encontradas, está a existência de operações de financiamento de compras não refletidas corretamente nas contas de fornecedores.
O Conselho de Administração da Americanas decidiu criar um comitê independente para investigar as circunstâncias que levaram às referidas inconsistências contábeis.
Sergio Rial, que foi nomeado em agosto e era uma das apostas para recuperação da varejista, além de André Covre, diretor de relações com investidores, deixaram os cargos.
A queda também afetou outras companhias relacionadas, como as varejistas. Apenas Magazine Luiza conseguiu virar o jogo, após abrir o pregão em queda acentuada de 8%.
Empresas | Preço Atual (R$) | Maior alta (R$) | Maior baixa (R$) |
AMER3 | 2,72 | 2,95 | 2,4 |
VIIA3 | 2,46 | 2,61 | 2,19 |
MGLU3 | 3,19 | 3,28 | 2,69 |
AMAR3 | 1,35 | 1,43 | 1,31 |