O Fundo Monetário Internacional emitiu um relatório nesta segunda-feira alertando sobre a perda de fôlego das economias latino-americanas. Além disso, para piorar a situação, apontou a persistência inflacionária. Vale destacar que o texto traz como signatário o ex presidente do Banco Central do Brasil e hoje diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Ilan Goldfajn.
“Os governos precisarão combinar a luta contra a inflação com políticas estruturais que reiniciem o crescimento.”
disse o Fundo Monetário Internacional no documento.
Dessa forma, o FMI projeta um crescimento para a América Latina e o Caribe de 2,4% neste ano. Para 2023 a expectativa é de crescimento de 2,6%. Ademais, as expectativas de crescimento para o Brasil são de 0,3% e 1,6%, para 2022 e 2023, respectivamente. De acordo com o FMI, o crescimento baixo em relação ao ano passado se deve a diversos fatores e não é tão surpreendente assim.
“Mas o rebaixamento reflete outros desafios, entre eles, um crescimento menor da China e dos Estados Unidos, problemas continuados na oferta, condições monetárias e financeiras mais apertadas e o surgimento da variante Ômicron.”
pontuaram.
Além disso, o FMI falou sobre a inflação que segue em alta. De acordo com eles, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru apresentaram níveis altíssimos de inflação, superando outros países emergentes. Aqui no Brasil, afim de pontuar melhor, a inflação avançou 10,06% em 2021.
E para 2022? O último relatório Focus do Banco Central do Brasil trouxe as principais expectativas do mercado para o ano de 2022. De acordo com o relatório, os economistas do mercado esperam um crescimento de apenas 0,3% do PIB brasileiro. Dessa forma, além dos impactos que o FMI citou, podemos atribuir o baixo crescimento a escalada da taxa de juros. Conforme mostra o relatório, a Selic deve fechar o ano em 11,75%.