As 17 empresas que realizaram follow-ons (ofertas subsequentes de ações) na B3 em 2023 captaram R$ 29,3 bilhões. Oito dessas companhias haviam feito seu IPO, a oferta inicial da bolsa do Brasil, entre 2020 e 2021.
O número de empresas que buscaram captar recursos por meio de ofertas subsequentes em 2023 deve ultrapassar o do ano de 2022, quando foram realizados 19 follow-ons. No ano passado, o destaque ficou para o follow-on da Eletrobras, que captou R$ 33 bilhões.
“As companhias estão de volta ao mercado para captar recursos, poucos anos depois da realização de seus IPOs. Isso nos mostra a força e a capacidade do mercado de capitais em auxiliá-las em seu crescimento”, comenta Leonardo Resende, superintendente de Relacionamento com Empresas da B3.
Por que uma empresa faz um follow-on
Quando uma empresa tem o capital aberto e já realizou seu IPO (Oferta Pública Inicial), as novas ofertas de ações realizadas no mercado são denominadas subsequentes, também conhecidas como follow-on.
Dentre as vantagens do follow-on para as empresas listadas estão:
- Aumento da visibilidade no mercado devido à nova oferta de ações;
- Possibilidade de captar recursos para o financiamento de projetos;
- Aumento de liquidez, já que a oferta subsequente disponibiliza novas ações da companhia no mercado, fazendo com que o volume de negociação cresça.
Os motivos para a realização de uma oferta subsequente variam e, por isso, a oferta pode ser classificada como primária ou secundária:
- Na oferta primária, é a própria empresa que emite novas ações para o mercado, ampliando o capital social e a base de acionistas. Nesse modelo, os recursos captados vão para o caixa da companhia.
- Na oferta secundária, as ações disponibilizadas são de titularidade de acionistas que colocam seus papéis à venda com a finalidade de reduzir ou finalizar a participação no negócio. Nesse caso, o valor captado vai para esses acionistas.
As estatísticas e histórico de Ofertas Públicas da B3 estão disponíveis no link.