
O sinal de alerta está ligado no mundo das criptomoedas, pois produtos financeiros relacionados a esses ativos digitais registraram a quinta semana consecutiva de saques, um movimento que demonstra a crescente cautela dos investidores diante da volatilidade do mercado. Os números são alarmantes: US$ 6,4 bilhões foram retirados nesse período, de acordo com o relatório semanal da CoinShares.
Só na última semana, a sangria atingiu a marca de US$ 1,7 bilhão em saques. Apesar desse cenário negativo, o relatório aponta que, desde o início de 2025, os investidores ainda injetaram um saldo positivo de US$ 912 milhões em ETFs (fundos negociados em bolsa) e outros produtos do tipo.
Impacto nos ativos sob gestão
A onda de retiradas teve um impacto direto nos ativos sob gestão (AUM) de grandes corretoras e gestoras, que diminuíram em US$ 48 bilhões. Esse número expressivo reflete a magnitude da fuga de capital e a preocupação dos investidores com o futuro do mercado cripto.
O relatório da CoinShares revela que o foco das liquidações se concentrou principalmente nos Estados Unidos, com retiradas totalizando 93% do total, o equivalente a US$ 1,163 bilhão. A Suíça também contribuiu significativamente para esse cenário, com saques de US$ 527 milhões.
Brasil e Alemanha: otimismo em meio à crise
Em contrapartida, investidores da Alemanha e do Brasil demonstraram um comportamento diferente, continuando a apostar em produtos relacionados a criptomoedas. Na última semana, esses países registraram entradas líquidas de US$ 8 milhões e US$ 4,2 milhões, respectivamente, mostrando que nem todos os investidores estão pessimistas em relação ao futuro dos ativos digitais.
Na análise por ativos, os produtos relacionados ao Bitcoin (BTC) foram os mais afetados pela onda de retiradas, sofrendo saques de US$ 978 milhões na última semana. Esse número expressivo reforça a posição do Bitcoin como termômetro do mercado cripto e evidencia a preocupação dos investidores com a principal criptomoeda do mundo.