Ativos prontos

Fundo solar da Suno compra usinas em MG e RJ por R$ 123 milhões

Fundo adquire R$ 123 milhões em ativos prontos, diversifica geograficamente e mira dobrar capacidade até 2026.

Fundo solar da Suno compra usinas em MG e RJ por R$ 123 milhões
  • Fundo compra cinco usinas prontas em MG e RJ e salta de 39 MWp para 63 MWp
  • Nova estratégia foca em ativos já operacionais para reduzir riscos e manter rentabilidade
  • SNEL11 mira 100 MWp em 2024 e planeja investir mais R$ 700 milhões até 2026

A Suno Asset deu mais um passo importante na expansão do SNEL11, seu fundo imobiliário de energia solar. Nesta terça-feira (23), a gestora anunciou a aquisição de cinco novas usinas fotovoltaicas localizadas nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Avaliados em R$ 123 milhões, os ativos elevam a capacidade instalada do fundo de 39 megawatt-pico (MWp) para cerca de 63 MWp, reforçando a nova fase do fundo, agora focado na compra de usinas já operacionais.

Até o ano passado, o SNEL11 adotava uma abordagem voltada à aquisição de projetos ainda em fase de desenvolvimento, assumindo os riscos e os custos de construção e conexão à rede elétrica.

Mas, com os juros elevados pressionando proprietários mais alavancados, a Suno Asset identificou uma oportunidade: adquirir ativos prontos por preços mais atrativos.

“Assim conseguimos diminuir o risco do portfólio mantendo o mesmo nível de rentabilidade”, afirmou Vitor Duarte, CIO da Suno Asset, ao portal Metro Quadrado.

A expectativa da gestora é que as novas aquisições entreguem uma taxa interna de retorno (TIR) real de 15%, com um dividend yield anualizado já próximo disso — atualmente em 14,68%.

Estratégia mira ativos prontos e menor risco

A nova fase do SNEL11 representa uma guinada na estratégia da Suno Asset. Em vez de assumir obras e riscos de vacância, o fundo está comprando usinas já em operação. Essa mudança ocorre em um momento em que os juros altos forçam alguns proprietários a se desfazerem de ativos performados por valores mais baixos.

“Estamos aproveitando o cenário macroeconômico para adquirir bons ativos com descontos relevantes”, destacou o CIO. A decisão fortalece o portfólio sem comprometer a rentabilidade esperada, o que reforça a atratividade do fundo diante dos cotistas.

Expansão geográfica fortalece presença nacional

Com a nova rodada de aquisições, o SNEL11 também avança em sua diversificação geográfica. Pela primeira vez, o fundo entra no mercado do Rio de Janeiro, conhecido pelas tarifas elétricas elevadas.

No mês passado, a gestora já havia feito a estreia em São Paulo. Com isso, o portfólio do fundo passa a abranger também ativos em Minas Gerais, Ceará, Pernambuco e Goiás.

O modelo de operação segue o da geração distribuída: o fundo compra o direito de superfície dos terrenos e aluga a geração de energia a clientes de baixa tensão, como residências, condomínios e pequenos comércios.

Fundo projeta dobrar capacidade até 2026

A compra das novas usinas foi viabilizada por uma captação de R$ 166 milhões concluída no início de abril. Cerca de R$ 70 milhões desse montante vieram diretamente dos vendedores, que optaram por trocar participações nos ativos por cotas do fundo. A Suno pretende repetir essa estratégia em futuras negociações.

A meta é ousada: superar os 100 MWp ainda em 2024 e dobrar a capacidade instalada até o fim de 2026. Para isso, a gestora planeja investir cerca de R$ 300 milhões em novas aquisições em 2025 e outros R$ 400 milhões no ano seguinte.

“Temos uma fila de players querendo vender bons ativos. Com isso, conseguimos manter ou até aumentar a taxa de retorno para os cotistas”, garantiu Duarte.

Com uma carteira cada vez mais diversificada, risco reduzido e rentabilidade robusta, o SNEL11 se consolida como um dos fundos imobiliários mais promissores do setor de energia renovável.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.