No mês de setembro os fundos imobiliários permaneceram com leve alta. Entretanto, no acumulado do ano, os fundos de tijolo seguem com retorno de -14,9% e os fundos de papéis com -7%.
Todavia, os fundos de papéis continuam a apresentar retorno elevado via dividendo. A correção por meio da inflação vem possibilitando ganhos mensais bem acima do CDI.
Além disso, os fundos de laje corporativa possuem um retorno médio de 0,5% e dividend yield próximo a 5,5%. Nesse ano, essa categoria de fundos ainda acumula um retorno negativo de -19%.
Para piorar a situação dos fundos de laje corporativa, os investidores seguem com a preocupação do aumento da vacância devido a lenta retomada de vários setores. Além disso, o crescimento e potencial aumento do home office.
Com a reabertura dos shoppings, os fundos do segmento apresentam uma recuperação maior nos últimos dois meses. Dessa forma, o valor de mercado chega próximo a 95% do valor patrimonial mesmo com a limitada distribuição de dividendos – média de 2% a.a.
Cenário futuro
Há dois pontos importantes para se lembrar nesse momento.
O Copom manteve a taxa básica de juros em 2% ao ano e política monetária visa esse cenário de juros por um longo tempo. Entretanto, vivemos hoje com muita incerteza com relação ao risco fiscal e ainda o potencial impacto dele na nossa inflação.
Mesmo com a queda no volume médio negociado em agosto no mercado secundário (-15%) os fundos imobiliários seguem em expansão, com 21 novas ofertas e R$ 4,2 bilhões captados. Assim sendo, o patrimônio líquido dos fundos conseguiu ultrapassar a incrível marca de R$ 100 bilhões.
De acordo com a B3 (B3SA3), o número de investidores em fundos imobiliários ultrapassou a marca de 1 milhão de pessoas físicas, o que contribui muito para o desenvolvimento do mercado.
Por fim, pelos pontos analisados, os fundos imobiliários continuam sendo uma ótima maneira de diversificar o patrimônio e se proteger da inflação.