
Em um evento em Brasília, o chefe de gabinete do vice-presidente Geraldo Alckmin, Pedro Giocondo Guerra, disse que é importante discutir a criação de uma reserva de Bitcoin para o Brasil. Ele comparou a criptomoeda ao “ouro digital”, uma forma de proteger o dinheiro do país.
Segundo Guerra, o Bitcoin tem características que podem ser interessantes para o Brasil. Ele destacou que a criptomoeda é “escassa” (só existem 21 milhões de Bitcoins) e “deflacionária” (não perde valor com a inflação, como acontece com o real e outras moedas).
“Debater […] a constituição de uma reserva soberana de valor de bitcoin é de interesse público e será determinante para a nossa prosperidade”, disse o representante de Alckmin. “Afinal, bitcoin é o ouro digital, o ouro da internet.”
Outros países já têm Bitcoin. E o Brasil?
A ideia de um governo ter uma reserva de Bitcoin não é nova. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump já autorizou a criação de uma reserva de criptomoedas.
E em El Salvador, o Bitcoin é moeda oficial desde 2021! O presidente Nayib Bukele é um grande fã da criptomoeda e acredita que ela pode ajudar a economia do país.
No Brasil, já existe um projeto de lei sobre o assunto. O deputado Eros Biondini (PL-MG) propôs que o país use Bitcoin como ativo de reserva do Tesouro Nacional.
Segundo ele, o objetivo é proteger o Brasil de problemas como a variação do dólar e crises internacionais.
O projeto de Biondini sugere que o governo compre Bitcoin aos poucos, até atingir um limite de 5% das reservas internacionais do país (que são de US$ 366 bilhões). Isso significa que o Brasil poderia ter até US$ 18,3 bilhões em Bitcoin.
O projeto ainda está sendo analisado por uma comissão da Câmara dos Deputados.
A fala do representante de Alckmin aconteceu durante a posse do deputado Júlio Lopes (PP-RJ) como presidente da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo (FPBC).
Essa frente parlamentar reúne deputados e senadores que querem aprovar leis que ajudem a indústria e o desenvolvimento do país. Eles falaram em reduzir o “custo Brasil” (as dificuldades de fazer negócios no país) e em “modernizar” o Brasil.