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Governo Lula pode afastar investimentos ao ir contra reformas, aponta professor

Foto/Reprodução GDI
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Economista-chefe da Genial Investimentos alerta sobre os riscos das “antirreformas” do governo Lula.

O economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo, alerta que a intenção do governo Lula de desfazer reformas econômicas implementadas por Jair Bolsonaro e Michel Temer pode colocar em risco a recuperação de investimentos no Brasil.

Camargo expressa preocupação com o “arcabouço” fiscal e a trajetória da dívida/PIB, além das tentativas do governo de alterar marcos regulatórios e interferir na privatização de empresas como a Eletrobras.

O economista elogia a postura aparentemente responsável do Congresso, mas teme que essa resistência possa ser alterada por pagamentos de emendas.

“Antirreformas” podem comprometer a atração de investimentos para o Brasil

O governo do presidente Lula tem mostrado uma intenção de desfazer reformas econômicas implementadas pelos presidentes Jair Bolsonaro e Michel Temer, o que pode ameaçar a retomada de investimentos no Brasil, de acordo com o professor da PUC-Rio e economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo.

“Neste início de ano, o comportamento do Congresso, ‘aparentemente responsável’, tem sido positivo por evitar que as mudanças nas reformas avancem”, afirmou Camargo.

Contudo, ele alerta sobre a possibilidade de esse comportamento ser influenciado pelo fato de o governo ainda não ter pago as emendas parlamentares.

A maior preocupação do economista está na área fiscal. Segundo ele, o arcabouço fiscal implementado, apesar de seus problemas, sinaliza alguma preocupação com a fonte de recursos para financiar o aumento de gastos.

Entretanto, ele acredita que o arcabouço não é suficiente para estabilizar a relação dívida/PIB, que deve chegar a 92% em 2030.

Camargo expressa ainda preocupação com as tentativas do governo Lula de alterar marcos regulatórios e interferir na privatização de empresas como a Eletrobras, o que, segundo ele, pode aumentar a incerteza jurídica e reduzir a atração de investimento para o Brasil.

Ainda segundo o economista, o comportamento “aparentemente responsável” do Congresso tem sido um ponto positivo, assim como a proposta de reforma tributária. No entanto, ele teme que a resistência de alguns setores possa dificultar a aprovação dessa reforma.