
- Governo quer acelerar a tramitação da proposta no Congresso
- Trabalhadores que ganham até R$ 5 mil podem ficar isentos do imposto
- Programa busca oferecer melhores condições de empréstimos para funcionários do setor privado
O governo federal colocou três pautas como prioridade no Congresso nos próximos meses: a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, a isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil e um novo programa de crédito consignado para funcionários de empresas privadas.
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, destacou que esses temas são essenciais para atender às demandas da população e avançar nas negociações políticas.
Foco na segurança pública
Gleisi enfatizou que a PEC da Segurança Pública é uma prioridade nacional e que pretende acelerar sua tramitação junto aos líderes partidários. Segundo a ministra, o governo ainda trabalha na versão final do texto, mas já busca um consenso no Congresso.
“Não pode ser uma matéria que vire uma disputa supérflua, de lacração”, afirmou em entrevista à RedeTV!. A expectativa é que o texto fortaleça políticas de segurança, garantindo maior estrutura e recursos para o setor.
Isenção do IR para trabalhadores
Outra pauta prioritária do governo é a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês. Essa medida faz parte do compromisso do governo em aliviar a carga tributária sobre a classe média e fomentar o consumo.
O impacto da proposta será analisado com cautela para garantir viabilidade fiscal e evitar desequilíbrios no orçamento.
Crédito consignado para setor privado
O governo também busca aprovar um novo programa de crédito consignado para funcionários do setor privado. A proposta visa facilitar o acesso a empréstimos com juros mais baixos, ampliando a oferta de crédito e movimentando a economia.
Esse modelo, já aplicado no funcionalismo público, poderá beneficiar milhões de trabalhadores ao reduzir custos financeiros e possibilitar melhores condições de pagamento.
Estratégia de articulação política
Gleisi Hoffmann, no entanto, reconheceu que o governo enfrenta desafios no Congresso devido à sua posição minoritária.
Segundo ela, a estratégia será equilibrar, portanto, a “política da disputa” com a “política da mediação”, garantindo que as negociações resultem em avanços concretos.
“Em muitas coisas vamos ter que ceder, e daí vamos graduando, o que é dentro do essencial”, explicou.
A ministra também destacou sua intenção de dialogar com políticos da oposição, mas sem perder tempo com aqueles que considera “radicais”.
“Com quem é da conversa, mesmo sendo oposição, eu vou procurar dialogar. Agora, com aqueles que gritam, que agridem, não adianta gastar tempo.”
Relação com o Congresso
Gleisi, contudo, também afirmou ter uma boa relação com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e lembrou que trabalhou para que o PT o apoiasse na eleição para o comando da Casa.
“Acho que foi correto isso. Ele [Motta] é uma pessoa que tem uma tranquilidade na condução. Então, eu acho que a gente tem tudo para se acertar.”