Esse é o pior resultado em quatro anos. No mesmo período de 2023, o déficit foi de 45 bilhões de reais.
Na quarta-feira (26), o Tesouro informou que as contas do governo central, compostas por: Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social, registraram um déficit primário de 61 bilhões de reais em maio. Esse é o pior resultado em 04 anos. No mesmo período de 2023, o déficit foi de 45 bilhões de reais.
No acumulado de 12 meses, até maio de 2024, o déficit totalizou R$ 268,4 bilhões, o equivalente a 2,36% do PIB.
De acordo com informações, no mês de maio, a receita líquida obteve um aumento de 13,5 bilhões de reais (9%), enquanto as despesas totais subiram 27,7 bilhões de reais (14%) em comparação a maio de 2023. Do lado das receitas, o resultado foi puxado pela arrecadação de Imposto de Renda e PIS/Cofins enquanto benefícios previdenciários pesaram nas despesas.
O déficit primário de maio marca o segundo pior desempenho para este mês desde que o Tesouro Nacional começou a registrar os dados, em 1997, perdendo apenas para o resultado de maio de 2020.
Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional disse que o crescimento da receita no mês de maio foi bem expressivo e que o déficit está relacionado a antecipação de despesas.
“Tivemos despesas antecipadas e crédito extra para o Rio Grande do Sul”, afirmou Ceron.
O resultado está na contramçao da meta para o resultado primário deste ano que foi mantida pela equipe econômica em déficit zero.
Governo Lula quer incluir carro elétrico em “imposto do pecado”
Na segunda-feira (24), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, chefiado por Geraldo Alckmin, vice-presidente, defendeu que os carros 100% elétricos, movidos a bateria, também sejam tributados pelo Imposto Seletivo.
De acordo com informações divulgadas, a proposta de regulamentação da reforma tributária, em tramitação na Câmara dos Deputados, já prevê a incidência do chamado “imposto do pecado”, que vai incidir sobre itens prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, sobre os automóveis a combustão e híbridos.
“O governo federal não define a tecnologia dominante; ele precifica nas suas políticas e agora no Seletivo as externalidades positivas e negativas, de modo que solicitamos a inclusão dos veículos elétricos”, afirmou a diretora do departamento de Indústria de Média-Alta Complexidade do ministério, Margarete Gandini.
O pedido foi formalizado pelo ministério e o objetivo é influenciar os consumidores a comprarem veículos mais seguros e ambientalmente mais amigáveis, estimulando inovação dos fabricantes.
Os carros 100% elétricos, não emitem gás carbônico. Margarete argumentou, no entanto, que é preciso levar em conta a bateria, hoje fabricada principalmente na China com fontes poluentes de energia – ou seja, a pegada de carbono até que o produto chegue à concessionária.
A proposta do governo, fará o Seletivo incidir sobre os automóveis leves de passeio, de transporte de pessoas, como vans, e de carga, como pequenos caminhões que fazem entregas nas cidades.
Haverá um sistema de pontuação que levará em conta critérios de eficiência energética e desenvolvimento de tecnologia previstos no programa de estímulo ao setor automotivo, o Mover, aprovado há poucos dias junto com a “taxação das blusinhas” e que aguarda a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A alíquota do Seletivo pode ser zerada caso o fabricante atinja parâmetros mínimos no que diz respeito à emissão de dióxido de carbono (considerado o ciclo de produção desde a fonte de energia); reciclabilidade veicular; fabricação parcial no País e categoria do veículo. Esses parâmetros serão definidos em outro projeto de lei.