O primeiro mês do novo mandato de Donald Trump trouxe transformações relevantes para o setor de criptomoedas, gerando um período de alta volatilidade e reconfiguração estratégica entre investidores. Discussões sobre medidas regulatórias, mudanças na política econômica e a proliferação de memecoins associadas ao presidente e sua esposa colocaram o mercado cripto em um cenário de incerteza e especulação intensa.
Logo após a posse, surgiram as memecoins $TRUMP e $MELANIA, que rapidamente alcançaram valores expressivos. No entanto, o fenômeno levantou preocupações sobre a credibilidade e os riscos inerentes a esses ativos altamente especulativos.
Paralelamente, a administração republicana busca posicionar os Estados Unidos como um polo global de criptomoedas. Um grupo de trabalho liderado por David Sacks foi formado para estruturar uma nova política regulatória que impulsione a inovação e atraia investimentos.
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O futuro das criptomoedas sob o governo Trump
Os impactos dessas movimentações já são perceptíveis no mercado. O Bitcoin atingiu um novo recorde de US$108.786 em 20 de janeiro, antes de sofrer uma correção e ser negociado a cerca de US$96.197 – uma queda de 7,3% desde a posse de Trump. O comportamento do ativo reflete tanto o otimismo inicial quanto as incertezas em torno das novas políticas do governo.
Para Denise Cinelli, COO da CryptoMKT, a postura da nova administração pode redefinir significativamente o ambiente regulatório e econômico das criptomoedas.
“Dependendo das diretrizes fiscais e monetárias adotadas, podemos observar um fortalecimento das criptomoedas como ativos de proteção. O setor amadurece rapidamente e demonstra resiliência diante das mudanças políticas”, afirma.
Nos próximos meses, o debate sobre stablecoins, ETFs de Bitcoin e a regulação setorial tende a ganhar ainda mais força. A postura do governo Trump em relação à SEC e outras agências reguladoras será crucial para determinar o ritmo da adoção institucional e o crescimento do setor cripto nos Estados Unidos e globalmente.
