- A União Europeia aprovou tarifas de 25% sobre mais de € 20 bilhões em produtos dos EUA, atingindo setores como agricultura e beleza
- Bruxelas afirmou que pode suspender a medida caso Washington aceite um acordo comercial justo e equilibrado
- Especialistas temem que o confronto aumente o risco de desaceleração econômica mundial e pressão inflacionária
A retaliação europeia afeta setores sensíveis para os Estados Unidos, como o agronegócio e a indústria de veículos de duas rodas. Produtos como soja, motocicletas, cosméticos, itens de higiene pessoal e até alguns tipos de bebidas alcoólicas passarão a pagar mais para entrar na União Europeia. A escolha dos itens mira tanto os interesses econômicos quanto políticos de Washington.
O impacto será sentido especialmente em estados norte-americanos com forte presença agrícola e industrial, onde os efeitos das exportações restringidas podem influenciar o cenário eleitoral.
As novas tarifas também afetam grandes marcas conhecidas dos consumidores europeus, o que pode agravar ainda mais a disputa diplomática e comercial entre os dois blocos.
União Europeia sinaliza disposição para negociar
Apesar do tom firme, a Comissão Europeia deixou claro que está aberta ao diálogo. O bloco afirmou que as tarifas retaliatórias podem ser suspensas imediatamente caso os Estados Unidos concordem em firmar um acordo “justo e equilibrado”.
A União Europeia tem insistido em uma solução negociada, baseada em regras claras de comércio internacional.
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A troca de tarifas entre os dois gigantes comerciais levanta temores de um impacto mais amplo na economia global. Especialistas alertam que a guerra comercial pode reduzir o volume de trocas internacionais, elevar os custos de produção e provocar aumento de preços para consumidores e empresas.
Além disso, o atrito entre Estados Unidos e União Europeia ocorre em meio a outras tensões comerciais e aumenta a percepção de risco nos mercados. Investidores monitoram de perto os desdobramentos e temem que o impasse prejudique o crescimento global em 2025.
A Comissão Europeia ainda não especificou se novas tarifas adicionais estão em análise, mas membros do Parlamento Europeu já pressionam por uma postura mais dura caso não haja recuo por parte da Casa Branca.
Enquanto isso, os setores afetados nos EUA começam a pressionar o Congresso e o governo Biden a reavaliar sua estratégia comercial.
