De olhos abertos

Guerra comercial: Europa fica em Estado de alerta

Morde e Assopra de Trump ocasiona retaliações e preocupa o crescimento global

Guerra comercial: Europa fica em Estado de alerta
  • Lagarde diz que guerra comercial dos EUA prejudica a economia global
  • Presidente do BCE sugere que líderes europeus utilizem o fortalecimento do mercado interno como resposta
  • Europa se vê diante de uma encruzilhada

Nesta sexta-feira (14), Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, afirmou que o avanço da guerra comercial promovida por Trump nos EUA merece atenção do velho continente.

Em uma conferência realizada na Alemanha, ela ressaltou que, para garantir sua competitividade, o bloco europeu precisará agir de maneira estruturada e eficaz diante do avanço do protecionismo global.

Impacto da Guerra Comercial dos EUA

Segundo Lagarde, a política econômica adotada por Trump prejudica a economia global. Certamente, devido as altas taxas aplicadas contra produtos estrangeiros e pela busca em fortalecer a indústria americana a qualquer custo.

A partir disso, a presidente do BCE enfatiza que a Europa precisa agir com pulso firme. Com o proposito de não sofrer com a queda das exportações e a perda de espaço no mercado global.

Reação e Riscos

Além disso, Christine também disse que talvez esse seja o momento da Europa. Indicando que as tensões também podem ocasionar algo positivo.

“Sabe o que isso está fazendo no momento? Está despertando a energia europeia. É um grande alerta para a Europa. Talvez este seja um momento europeu, mais uma vez”

Em seguida, ela indicou que a resposta dos líderes europeus deveria acontecer o quanto antes. Fortalecendo o mercado interno e implementando políticas industriais comuns. Eventualmente, também seriam necessários investimentos em setores estratégicos como inovação, tecnologia e sustentabilidade.

Desse modo, Lagarde sinaliza que o BCE está atento as políticas protecionistas dos americanos. No entanto, os europeus se veem no dilema entre se adaptar ao novo cenário internacional ou correr o risco de perder sua relevância econômica mais a frente.