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Guerra no oriente e juros dos EUA preocupam investidores

Investidores em Wall Street preocupados com conflito no Oriente Médio e perspectiva de juros elevados nos EUA.

Foto/Reprodução GDI
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Investidores em Wall Street preocupados com conflito no Oriente Médio e perspectiva de juros elevados nos EUA.

Na sexta-feira, Wall Street foi palco de preocupações intensificadas entre os investidores, com dois fatores principais afetando os mercados. Em primeiro lugar, a crescente tensão no Oriente Médio gerou apreensão, à medida que o conflito na região se agravava, aumentando as incertezas geopolíticas. Além disso, as declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos, que reforçaram a perspectiva de que as taxas de juros permanecerão elevadas por um período mais longo, contribuíram para um clima de cautela nos mercados financeiros.

No mercado de títulos dos Estados Unidos, os retornos dos Treasuries também diminuíram. O juro do T-bond de 30 anos caiu para 5,087%, enquanto o da T-note de 2 anos recuou para 5,079%. Os investidores buscaram refúgio em ativos de menor risco em meio ao cenário turbulento.

Conflito no oriente médio e perspectiva de juros elevados abalam mercados em Wall Street e no Brasil

Na sexta-feira, os mercados financeiros em Wall Street e no Brasil foram afetados por duas preocupações predominantes: o agravamento do conflito no Oriente Médio e as declarações dos dirigentes do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos sobre a manutenção de taxas de juros elevadas.

A crescente tensão no Oriente Médio gerou apreensão entre os investidores, uma vez que o conflito na região se intensificou, levando a preocupações sobre a estabilidade geopolítica e o fornecimento global de petróleo. Essa incerteza geopolítica reverberou nos mercados de ações, levando a quedas no Dow Jones, que perdeu 0,86%, no S&P500, que recuou 1,26%, e no Nasdaq, que caiu 1,53%. Ao longo da semana, esses índices acumularam perdas consideráveis, refletindo a aversão ao risco entre os investidores.

Além disso, as palavras dos dirigentes do Fed dos EUA também pesaram nos mercados. Eles reforçaram a perspectiva de que as taxas de juros permanecerão elevadas por um período prolongado, à medida que o banco central busca controlar as pressões inflacionárias. Os investidores interpretaram essas declarações como um sinal de que a política monetária restritiva pode persistir, o que contribuiu para o clima de cautela.

No mercado de títulos dos EUA, os retornos dos Treasuries recuaram, pois os investidores buscaram ativos de menor risco em meio à turbulência global. O juro do T-bond de 30 anos caiu para 5,087%, enquanto o da T-note de 2 anos recuou para 5,079%.

No cenário doméstico, a aversão ao risco global também se fez sentir, com o Ibovespa encerrando o dia com uma queda de 0,74%. Ações de empresas brasileiras, como Petrobras e Vale, contribuíram para essa redução. Ao longo da semana, o índice registrou uma queda de 2,25%.

Dólar recua diante das expectativas de manutenção das taxas de juros pelo Fed em novembro

O mercado de câmbio internacional teve um dia de ajustes nesta sexta-feira, com o dólar norte-americano seguindo uma tendência de queda em relação a outras moedas estrangeiras. A principal influência para esse movimento foi o comunicado de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos, que indicou a intenção do banco central de manter as taxas de juros inalteradas durante o mês de novembro.

Essa decisão do Fed é uma resposta à resiliência da economia norte-americana, que se mantém sólida em meio a desafios econômicos globais. Além disso, o Fed está monitorando de perto o risco de uma retomada da inflação, principalmente devido ao aumento nos preços do petróleo. Powell, no entanto, deixou em aberto a possibilidade de futuros aumentos das taxas de juros, dependendo do desenvolvimento desses fatores econômicos.

Paralelamente, os mercados também acompanharam atentamente os desdobramentos do conflito em Israel, que poderiam ter impactos significativos na estabilidade geopolítica da região e nos preços do petróleo, afetando assim o mercado de câmbio.

No cenário doméstico, operadores relataram que a queda do dólar foi impulsionada pelo influxo de recursos pela conta comercial, o que contribuiu para a desvalorização da moeda norte-americana em relação ao real. O dólar à vista fechou o dia com uma redução de 0,43%, atingindo a marca de R$ 5,0313.

Na semana, o dólar acumulou uma queda de 1,12%, refletindo a tendência global de enfraquecimento da moeda dos EUA em meio às expectativas em relação às políticas do Fed e aos eventos geopolíticos em andamento.