Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vê condições favoráveis para redução da taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que vê condições para que o Banco Central inicie uma redução da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75% ao ano. Haddad ressaltou a autonomia do BC, mas destacou que os recentes indicadores econômicos do país abrem margem para a queda da Selic.
Segundo ele, a redução da taxa de juros pode reativar a economia, pois os empresários terão acesso a crédito mais barato e voltarão a investir.
Indicadores econômicos recentes favorecem queda da Selic
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que há espaço para uma redução da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75% ao ano, diante das condições favoráveis apresentadas pelos recentes indicadores econômicos do país.
Ele enfatizou a autonomia do Banco Central (BC) para tomar decisões, mas observou que a queda da Selic pode impulsionar a economia, uma vez que os empresários terão acesso a crédito mais barato e, consequentemente, voltarão a investir.
Haddad mencionou o resultado positivo do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do BC, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que registrou alta de 3,2% em fevereiro deste ano em comparação com janeiro. O ministro também comemorou o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta semana, que apontou a criação de 195 mil novas vagas com carteira assinada no país em março.
Apesar do aumento na taxa de desemprego, que saltou de 7,9% para 8,8% entre o último trimestre do ano passado e o primeiro trimestre deste ano, Haddad minimizou a questão, ressaltando a importância de comparar os dados com a mesma época do ano.
Ele acredita que a geração de empregos pode ser ainda melhor se o Brasil continuar fazendo os ajustes necessários para reduzir a taxa de juros.
Sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que acontecerá nos dias 2 e 3 de maio, Haddad afirmou que mantém o otimismo em relação à economia brasileira e que o governo tem trabalhado na direção correta para abrir espaço para a redução da taxa Selic.