Desaprovação

Haddad critica levantamento da Quaest: "Consulta com 106 pessoas na Faria Lima não é pesquisa"

Ministro critica levantamento da Genial/Quaest e diz que consulta com 106 pessoas não pode ser considerada pesquisa.

haddad sp 05.jpg
haddad sp 05.jpg
  • O ministro criticou o levantamento da Genial/Quaest, que apontou queda na sua aprovação pelo mercado financeiro
  • Ele afirmou que uma consulta com 106 fundos de investimento não pode ser considerada uma pesquisa representativa
  • Haddad reforçou que seu foco está na estabilidade econômica e na construção de consensos para impulsionar o crescimento do país

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu nesta quinta-feira (20) os resultados do levantamento realizado pela Genial/Quaest, que indicou uma forte queda na aprovação de sua gestão pelo mercado financeiro.

Segundo o estudo, a avaliação positiva despencou de 41% em dezembro para apenas 10% em março. Haddad classificou a pesquisa como pouco representativa e sugeriu que o levantamento não tem validade estatística significativa.

Críticas à metodologia

Durante sua participação no programa “Bom Dia, Ministro”, da EBC, Haddad ironizou o levantamento e questionou sua credibilidade.

“Dizer que isso é uma pesquisa é dar um nome muito pomposo para uma coisa que deve ter sido feita em 15 minutos ali, num bairro. Uma pesquisa com 100 pessoas não dá para chamar de pesquisa. Isso você faz em uma mesa de bar,” afirmou o ministro.

A Genial/Quaest realizou a pesquisa entre os dias 12 e 17 de março, consultando 106 fundos de investimento sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro. O levantamento apontou que 88% dos entrevistados avaliam negativamente o governo Lula, enquanto apenas 4% demonstram uma visão positiva.

Haddad propôs que o Congresso Nacional, com sua diversidade de parlamentares representando vários segmentos da sociedade, realizasse um estudo mais representativo sobre sua gestão.

Desafios da economia e a relação com o mercado

O ministro reconheceu que enfrenta desafios para equilibrar as expectativas do mercado financeiro com as diretrizes do governo.

“Na vida pública, há altos e baixos, e consertar o País é difícil. Precisamos garantir que diferentes setores convirjam para um mesmo projeto,” afirmou.

Desde que assumiu a pasta da Fazenda, Haddad tem defendido medidas de equilíbrio fiscal e avanço nas reformas, buscando um meio-termo entre ajuste das contas públicas e políticas sociais.

No entanto, as incertezas em relação ao compromisso do governo com metas fiscais e reformas estruturais têm tornado a resposta do mercado volátil.

Impacto da pesquisa e repercussão política

A divulgação dos dados pela Genial/Quaest gerou repercussão no meio político e econômico. Parte do mercado viu a queda na aprovação como um sinal de alerta para a necessidade de ajustes na comunicação do governo com investidores.

Haddad, por outro lado, tenta minimizar o impacto e reforça que sua preocupação está na construção de uma economia mais estável e previsível.

“A solução para a economia brasileira é fortalecer as instituições e promover acordos entre os Poderes da República, garantindo previsibilidade e confiança para todos,” concluiu.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ