Contas públicas

Haddad garante compromisso com meta fiscal e descarta medidas populistas para 2026

Ministro da Fazenda afirma que o governo manterá disciplina nas contas públicas e que o Orçamento será ajustado sem interferências eleitorais.

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  • Haddad reafirma compromisso com o centro da meta fiscal.
  • O governo vai ajustar o Orçamento de 2026 sem adotar medidas populistas.
  • Disciplina fiscal garantiu crescimento com inflação controlada.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou nesta terça-feira (21) que o governo mantém o compromisso com o centro da meta fiscal, mesmo após a flexibilização aprovada pelo TCU. Segundo ele, o governo vai ajustar o Orçamento de 2026 com foco em equilíbrio e responsabilidade.

Haddad ressaltou que o projeto orçamentário deve ser encaminhado ao Congresso Nacional nas próximas semanas. Desse modo, o ministro afirmou que os presidentes das duas Casas já estão cientes da necessidade de manter as contas equilibradas e evitar erros do passado.

Reajuste e disciplina

A equipe econômica, em conjunto com a Casa Civil, deve concluir ainda hoje as medidas de recomposição do orçamento após a derrubada da MP do IOF.

Nesse sentido, segundo Haddad, o governo não recorrerá a soluções emergenciais ou decisões populistas para fechar as contas.

Não teremos medidas eleitoreiras. O objetivo é garantir estabilidade fiscal, mesmo em ano de eleições”, afirmou o ministro.

Desse modo, ele acrescentou que a equipe busca evitar interrupções de obras e emendas desordenadas, preservando a continuidade administrativa.

Decisão do TCU e impacto

As declarações ocorrem após o TCU suspender a obrigação de perseguir o resultado primário central de déficit zero em 2025.

Além disso, a decisão do ministro Benjamin Zymler atendeu a um recurso da AGU, que defende o cumprimento da meta dentro da banda de variação.

Então, o movimento afasta, por ora, o risco de bloqueio adicional de até R$ 31 bilhões no orçamento.

Em setembro, o tribunal havia advertido o governo sobre a importância de mirar o centro da meta fiscal, mas o entendimento da AGU prevaleceu.

Crescimento com controle

Haddad afirmou que o governo manteve disciplina fiscal mesmo com espaço para expandir gastos.

Tínhamos R$ 20 bilhões disponíveis e não utilizamos, porque priorizamos o equilíbrio. Esse é o caminho que permite crescimento com baixa inflação”, destacou.

Ademais, o ministro também ressaltou que o compromisso fiscal tem sido essencial para atrair investimentos e sustentar o avanço da economia.

Por fim, para ele, o equilíbrio entre responsabilidade e estímulo será a base da estratégia econômica até o fim do mandato.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.